Janeiro - Metallica Fevereiro - Carnalomba Março - NOFX Abril - Anti Flag
ôxi 2010...
Segundo dia de férias hoje, sensacional. Ontem teve o resumo de 2009 inteiro em um dia só, música, insanidade, sexo, that´s fine. Mas agora eu preciso de algumas mudanças, acho que estou me arriscando demais. Blá blá blá, mudança de atitude nêgo. Carece!
Amanhã dia de gravações, domingo também, to empolgadinho e vou deitar agora porque, parece que não, mas cansa e exige pacas.
10 anos. Não, 11 na verdade. 1999? ou 98? Não lembro. Amigo secreto, no lugar do Aerosmith. Marcou. Hoje ainda serve, bastante. Ninguém gosta, eu gosto. Pai não gostou. Mãe odiou. Filhinho adorou e deu no que deu.
É, já tem 3 anos. Uau! Estou aqui tranquilo, ouvindo "Going Blind" do Kiss, que estava na lista daquela época junto com "Coral Fang" e "Dismantle Me" do Distillers.
Depois foi overdose conjunta de "Madman", "Fever" e "Love in Plaster" do The Hives. Acabou na "Roshambo" do The Network.
É, foi uma época de merda, hoje está melhor. E amanhã? Vazio.
And I know how it should be There is nothing more for you and I Some are young and some are free But I think I'm goin' blind
'Cause, I think I'm goin' blind And I know how it's to be, yeah
Little lady, can't you see You're so young and so much different than I I'm 93, you're sixteen Can't you see I'm goin' blind
'Cause, I think I'm goin' blind And I know how it's to be, yeah
'Cause, I think I'm goin' blind And I know how it's to be, yeah
You're much younger, can't you see There is nothing more for you and I I'm 93, you're sixteen And I think I'm goin' blind
Yes, I think I'm goin' blind And I know how it's to be, yeah
Olha, nunca achei que esse som fosse fazer sentido. Na real a letra não tem tanto a ver assim, até porque ela não me descolou droga alguma e nem parece usar nada.
Mas foi legal a noite de sexta-feira. Só que, pra variar, eu não consigo. Porra se eu não consigo! A culpa é minha?
Eu até pensei por um instante sabe, mas acho que não, tá faltando. Parece que sempre vai faltar. I´m fucking jaded!
Daqui a 1 hora começa Dezembro, o mês que eu mais gosto do ano, pelas boas lembranças de criança, férias, viagens, ele e Janeiro são os mais legais, pena que faz tanto calor.
2009 vai acabando, quanto merda aconteceu esse ano, caralho. Perdi uma grande amizade(que pelo menos eu julgava ser assim até pouco tempo atrás), não por a pessoa ter morrido, mas, bem de certa forma ela morreu sim. Outras pessoas se distanciaram ao ponto de eu não saber direito se ainda vale alguma coisa nossa amizade ou se a gente só se engana e segue por objetivos comuns. Não gosto disso.
Trocentos casos, princípios de relacionamento que obviamente não deram em nada. Claro que não deram em nada. Já que desde o começo eu nunca quis nada com ninguém. Amargo, lembra? Será que vou ser assim por muito mais tempo? Não queria magoar ninguém, de verdade.
Probleminhas de saúde aqui e ali também vão marcar 2009, só coisa estranha. Mas devem ser sinais, preciso mudar alguns hábitos, isso é fato.
Também rolaram muitas coisas boas, mas isso acho que vou deixar pra escrever perto da virada de ano mesmo, se é que vou estar por aqui, já que hoje conversei com meus chefes e semana que vem, dia 10/12, entro de férias, pra voltar dia 11/01. 1 Mês vagando por aí.
Então me ocorreu de ter férias diferentes, relaxantes, sem envolver praia lotada. Quero fazer coisas não muito comuns, acampar em lugares pro interior, com cachoeiras, rios, rafting, pesca, tiro ao peixe...seilá que diabo mais. Ficar no máximo 3 dias em cada lugar e ir seguindo, vou tentar planejar um roteiro disso semana que vem. Já vi umas pousadas, não parecem nada caras, e eu até que to bem legal de grana, aleluia!
Tô curioso pra ver no que isso vai dar. A real é que eu preciso de uns 40 banhos de cachoeira pra tentar me livrar de tanta porcaria que passou comigo e pela minha cabeça durante esse ano.
If you're ugly, I'm ugly too In your eyes the sky's a different blue If you could see yourself like others do You'd wish you were as beautiful as you, yeah
And I wish I was a camera sometimes So I could take your picture with my mind Put it in a frame for you to see How beautiful you really are to me
Ugly, ugly All of us just feel like that some days Ain't no rainbow in the sky, when you feel U.G.L.Y. And that's ugly, yeah yeah yeah Yeah yeah yeah
Ugly, ugly All of us just feel like that some days Ain't no rainbow in the sky, when you feel U.G.L.Y. And that's ugly, ugly All of us just feel like that some days Ain't no cure that you can buy When you feel U.G.L.Y. And that's ugly
So if you're ugly, I'm ugly too If you're a nut, then I must be a screw If you could see yourself the way I do You'd wish you were as beautiful as you, yeah I wish I was as beautiful as you
Demorei pra conseguir concluir esse post, mas essas semanas foram pesadas em termos de correria, trabalho e falta de tempo, até porque tudo isso são sinônimos.
Fim do Sonic Youth que, como eu falei, poderia ter sido muito melhor. Pessoal saindo pra dar um rolê enquanto o Iggy não subia ao palco. Eu resolvi ficar onde estava, já que era um lugar bom. Lembro que fiquei parado, conversando com Gabi e Twingo, acho que a Talitinha tinha saído pra pegar umas cervejas.
A chuva caía fininha, foi muito bom ter chovido porque se tivesse o calor fodido que estava durante a tarde, nego ia ter passado mal. Entenda EU ia ter passado mal. Eis que a gente está lá conversando, ainda faltavam uns 15 minutos pra começar o show do Iggy e os Stooges, e do nada reparo que entraram uns caras no palco, não tinham cara de roadies...reconheci o baixista e em seguida James Williamson, com seus cabelos brancos, daí entra o animal sem camiseta!
Pegaram todo mundo de surpresa, sem cerimônia, sem porra nenhuma, Iggy berrou e a banda seguiu na fúria. Fúria crua, bicho, puta que o pariu!
"Raw Power", "Kill City" e "Search & Destroy". Ouch!!! Aí veio o ápice do show pra mim, "Gimme Danger", eu mergulhei na brisa dessa música, é uma das minhas músicas favoritas deles e faz muito sentido por toda a fase que ando vivendo. Foi de foder.
Rolou uma invasão de palco monstra na "Shake Appeal", com Iggy chamando a galera pra subir. Eu até queria ter subido, mas vi tanta gente apanhando e já estava tão louco que preferi não arriscar.
O setlist continuou, não vou listar tudo aqui, mas rolaram coisas que eu não conhecia, bem obscuras e rolou a "Skull Ring" que só eu parecia conhecer/curtir. "The Passenger" foi fodida, apesar de eu (e meio mundo) ter crescido achando que a música era do Capital Inicial, o dono da música mostrou bem porque ela é dele, não dá pra superar o Iggy em interpretação.
Terminar com "Lust for life" foi fodido! Pena, realmente muita pena, que "No Fun" e "1969" ficaram de fora...mas show de quem você pira é sempre assim, não dá pra rolar tudo, afinal eles não são uma jukebox.
O show foi frenético, fiquei com dúvidas sobre o Iggy ter largado as drogas, ele é insano! Seria insano se o cara tivesse 17 anos, mas ele tem 62...é algo sem palavras. Foi ainda melhor do que o show em 2005, mas algo realmente me diz que essa foi a última vez que o vi. Pelo menos com os Stooges. Seria legal assistir algum show solo, gosto demais dos CDs "solitários".
Não dá pra descrever como é estar num show do Iggy Pop. Eu assisti aos vídeos depois, não tem 1/10 da graça, nos vídeos ele parece sim estar velho e a banda meio cansada...mas ao vivo rola uma outra forma de energia que não há explicação. Ele te pega pelas bolas e esmaga. É sempre perigoso, sempre pervertido, sempre um animal. A impressão é que qualquer hora alguma coisa vai explodir no palco. Isso é Punk Rock, ou rock ´n roll de verdade.
O cara é realmente o mestre, fico muito feliz de ter podido assistir 2 shows dele, provavelmente os dois melhores que já vi.
Taí uma combinação que eu achei bizarra no começo, Playcenter + Festival. Acontece que acabou sendo legal pra caralho e de certa forma juntou todas as fases da minha vida.
Na sexta-feira ensaiei até as 23h e fui direto pra casa, queria dormir o máximo que desse porque sabia que sábado ia ser tenso pro meu pobre corpo. Afinal, eu tinha combinado de encontrar o Twingo e Gabi às 13h na catraca do metrô barra-funda. Isso significa que eu ficaria pelo menos 12 horas de pé, já que o show do Iggy Pop estava marcado pra começar meia-noite, sou ótimo em matemática.
Dormi, não tanto quanto eu queria, acordei umas 9 da manhã, ansioso(pra variar), pensando no show, no LSD, nos brinquedos e nas milhões de possibilidades. Enrolei um pouco, ouvi mais um pouquinho de Stooges e Green Day, daí me preparei pra sair. Esconderijos, óculos escuros, protetor solar fator 50, tudo OK.
Cheguei na catraca e descobri que o Twingo e Gabi se enrolaram e iam atrasar, cacete. Fiquei um tempo por lá só olhando a galera que ia chegando pra ir no show, gente de todo lado, de todo jeito, tinha até nego com plaquinha escrito algo tipo "Orkontro Iggy Pop!", eitcha!
Acabei indo pro Playcenter porque a Gabi ia se atrasar demais e o Twingo tinha dado um jeito de ir direto pra fila. Me guiei pelo "Turbo Drop", dava pra ver ele de longe então foi meu ponto de referência desde o metrô. Logo cheguei na fila e ainda tava tudo muito vazio e tranquilo. Já tinham cambistas vendendo ingressos à 90 reais, tô pensando seriamente em parar de comprar ingresso antecipado, todo show é isso.
Logo que cheguei encontrei o Twingo e entramos. Me revistaram, não acharam nada graças ao belo esconderijo, e em 10 minutos a gente já estava indo pela primeira vez na "Bumerangue". Simplesmente não existia fila nenhuma, foi sonho de pivete. Pra ter noção a gente foi com mais 2 pessoas só, tava tudo vazio. Nunca vi isso.
De lá fomos na "Looping Star", depois em outra montanha-russa violenta que não sei o nome mas dá umas 5 paulistinhas e tenta quebrar seu pescoço, e depois no Waimea, pra dar uma refrescada, encharcou mesmo. Não fomos no "Evolution" porque o pobre Twingo já tinha bebido pra caralho e tava com medinho de vomitar, nhé nhé nhé. Logo a Gabi chegou e fomos em todos os brinquedos de novo, também fomos no carrinho de bate-bate, e fizemos tudo isso mais 2x. Era viciante, até que enjoou e cansamos.
Lá pras 16hrs a gente tomou o doce e fomos assistir a primeira banda, Macaco Bong. Era instrumental, pesadão, boa até, mas ninguém tava muito na pegada de ficar por lá, compramos cervejas e fomos dar um rolê, esperando o efeito do LSD bater. Foi nessa hora que reparei como o Playcenter é minúsculo agora, andamos ele inteiro em menos de 15 minutos.
Chegamos no palco menor, que ficava em frente ao Castelo dos Horrores, e tava rolando a banda vencedora do concurso Coca-Cola, "Fuja Lurdes". Sinceramente aquilo parecia uma piada. Era a coisa mais pop-nojenta-escrota possível, deu uma vergonha alheia de arrepiar. É muito sério, foi horrível. No começo do show tinha bastante gente perto do palco, esperando pra ver qualé que era mas depois da segunda música já tava todo mundo rachando o bico e aloprando, da quarta música pra frente não tinha mais ninguém assistindo.
Claro que eu quis ficar um tempo lá, vendo de longe, quem me conhece sabe como eu gosto de ver a desgraça alheia, principalmente nesse tipo de situação. Foi patético, os caras pareciam saídos da "Malhação" ou de alguma micareta e o vocalista insistia em fazer dancinhas e pedir pra galera balançar o braço dando tchauzinho, ah vá tomar no cu.
Nesse meio tempo encontramos também a Talita, e inesperadamente o Matos, camarada de Volta Redonda. Ferdinand Wolf também tava por lá, mas foi só um oi ligeiro.
Assisti o "Móveis Coloniais de Acaju" pela primeira vez, eles já são conhecidos faz um bom tempo e sempre escutei um pessoal falar bem, pagar pau coisa e tal. Eu não curti nada além do normal, até achei que eles são tipicamente a banda que pessoas pseudo-intelectuais de faculdade devem adorar e também achei algumas semelhanças com o primeiro trabalho do "Los Hermanos", que nunca fui fã. Os caras tocam bem, são todos performáticos, mas...sabe né? Quando não pega, não pega.
Durante o show me matei pra comprar fichas e mais fichas de cerveja o sistema de pagamento com cartão de débito tava todo cagado, mas no fim deu certo. Comprei fichas pra 6 maravilhosas e deliciosas Heinekens.
Caiu a noite, e começaram os shows gringos. Também começou a brisa do candy, que foi acionada por uma última volta na "Bumerangue", foi sensacional sair dela completamente chapado. A primeira banda que assisti de verdade foi o Sonic Youth, porque o Primal Scream eu vi meio sem prestar muita atenção, conheço pouca coisa deles, e apesar de ser um show bom e com toda aquela pegada profissa de quem está há muito tempo nessa vida, não me atraiu muito não. Detalhe pro telão com imagens muito, muito loucas e o vocalista que parou e recomeçou umas 3 músicas. "Stop, stop!"
Depois do Primal Scream veio o Sonic Youth, uma das bandas que eu curto bastante e estava na expectativa pra um show fodido. Em 2005 o show deles foi muito curto e eu não estava na melhor das situações pra curtir. Dessa vez eles tocaram quase 1 hora e meia, mas eles escolheram um setlist estranho. Pra resumir, não tocaram nenhuma música que eles fizeram na década de 90. Teenage Riot, Kool Thing, 100%, Bull in the heather, etc,etc,etc, nada disso. Foi de doer o meu coraçãozinho emo.
A banda é poderosa e foi responsável por me fazer viajar insanamente o tempo todo, mas não dá pra negar que ficou a sensação de uma certa mancada. Eles gostam mesmo de microfonias, eu também acho foda, mas abusaram demais delas e deixaram de tocar algumas músicas importantes, eu entendo a liberdade de expressão artística e todo o cacete, mas bicho, vocês tão no Brasil. Toquem o que a galera pagou e quer ouvir! Caralho.
O show foi longe de ser ruim, só meio frustrante pra quem queria ouvir mais dos hits. Mas tudo bem, o rei da porra toda tava pra chegar...au,au,au!!!!!!!
Final de semana frenético, como era de se esperar. Ontem fiquei tentando colocar os fatos todos em ordem e até agora não sei muita coisa direito, ficou um emaranhado de lembranças misturadas com álcool. Será que meus 20 anos vão ser assim mesmo?
O que eu lembro é que sexta-feira ensaiei, depois de lutar pra acertar o som do amplificador zoado do estúdio, tocamos poucas músicas, mas foi muito bom. E eu estava tão chapado que não ligava pra muita coisa também. Depois do estúdio demos um pulo rápido no "Laranjinha" pra encontrar Testa, Fabi e Talitinha. Bebi um pouco mais e foi isso, sem balada nem nada, direto pra cama. Estava cansado.
Sábado começou com uma pegada diferente, acordei as 8 da manhã e fiquei nerdando loucamente, tentando terminar o maldito do Far Cry 2, que no começo eu gostei bastante mas da metade pro final ficou chatinho, arrastado, e eu só queria terminar logo de uma vez. Não consegui porque marcaram ensaio de tarde, lá na Zona Sul.
Esse ensaio foi bem legal, no estúdio K9. O lugar era engraçado, com uns panfletos escrito algo tipo: "Nunca desista! Treine, se dedique bastante e ensaie no estúdio K9 que sua banda certamente alcançará o sucesso!". Demais né? O lugar era legal, as paredes forradas com fotos das bandas que ensaiam lá, aliás, uma boa observação do Nox foi que na verdade essas bandas já devem até ter acabado. Porque são fotos reveladas (e dava pra notar que não eram de câmeras digitais), não via dessas desde 2004.
Depois do ensaio fomos pra casa do Guiga, fazer um esquenta, já que de noite a idéia era ir pra qualquer lugar que aparecesse. Eu queria ter ido no Outs assistir o tributo ao Clash, mas surgiu a idéia de ir pra Toy Lounge, acabei topando. Antes de sair da casa do Guiga eu preparei uma mistureba de vodka com suco de goiaba, que ficou muito boa e garantiu um bom começo de rolê.
Chegamos na Toy, encontramos amigos, e adentramos. Farra, farra, gente maquiada, fantasiada, gonorrenta. Aliás, me explica uma coisa, por que caralhos o pessoal usa fantasia "normal" no Halloween? Eles não entenderam a brincadeira? Depois eu que sou esquisito, tá doido. Só sei que gastei um dinheiro que não queria gastar e não fiquei assim tão insano. Saindo da Toy a minha idéia era voltar pra casa e dormir, mas de novo eu fui maria-vai-com-as-outras e acabei indo pra mais farra(!) na casa do Guiga.
Lembro pouca coisa porque chegando lá fiz mais do goró de goiaba/vodka e acabei usando uma coca-cola gringa pra fazer outro drink. Aliás, se você ler isso aqui Guiga, saiba que eu sou inocente e nem reparei que a lata era diferente, que vida! Ficamos todos loucos tocando violão, coloquei Metallica no som e baixei o novo CD do Weezer pra mostrar pros amiguinhos e, claro, pra eu pirar e curtir bêbado pela primeira vez.
Foi tudo bem legal até onde eu sei, a única coisa que me impressionou nesse rolê todo foi como é incrível a falta de vergonha que uma certa pessoa teve. Olha...isso não é normal, nem fodendo. Afinal, se você passa gonorréia pra alguém e também trepa na surdina com um ex da sua (agora ex também)melhor amiga, o mínimo que você iria fazer era evitar ficar no mesmo rolê que essas duas pessoas. Na mesma casa. Na mesma sala. Fingindo que não fez nada. Estou errado? Talvez. Mas no fundo foi engraçado ver essa situação. Puta é puta.
Fui dormir, não sei direito como e acordei do pior jeito possível. Não, não tinha ninguém me enrabando, isso seria bem zoado também, mas acordei sem ar, ainda bêbado e achando que estava na minha casa, então quando abri os olhos e não reconheci o teto foi aquele choque. CACETE! Levei uns 10 segundos pra entender onde eu estava, assustou! Logo achei que ia passar malzão, fui no banheiro e nada, só contemplei minha bela cara no espelho, todo arregaçado, cara de louco maldito. Lavei, lavei, lavei, e nada da cara ir embora. Voltei a deitar e reparei que já era bem tarde, passava do meio-dia.
O Cani também acordou, ele estava dormindo no sofá, na mesma sala que eu, aí ficamos largados falando as merdas matinais que sempre são engraçadas e depois de uma meia hora tomando coragem, resolvemos levantar e sair, porque tinha show em Jundiaí. Indo embora eu reparei que estava completamente zoado, fraco demais, não tinha comido nada desde as 6 da tarde de sábado. O calor brutal não ajudava em nada, pressão despencando e eu lá no carro, tentando ficar legal. Fomos ligando pra todo mundo que precísavamos ligar e logo paramos pra comer alguma coisa.
Encontramos o Nox, pegamos o Cialla e fomos seguindo viagem ouvindo "Cabeça Dinossauro" dos Titãs. No caminho eu lembro que fiquei realmente sedado, realmente mesmo, de olhar a paisagem com aquele sol, vento batendo na cara e ficar lá, bobo alegre, quieto, só existindo, quase um hippie.
Chegamos em Jundiaí, encontramos o Bio e seus capangas e começou a correria pra agilizar o show/festa que seria na casa dele. Aí foi tudo certo, conhecemos o pessoal, montamos tudo no terreno que ficava atrás da casa. Terra, grama, lua cheia, diferente dos shows normais e bem legal. Rolaram atrasos monstros mas no final deu quase tudo certo, porque das 4 bandas que iam rolar, só tocaram Oldbus e a gente. Gostei bastante do nosso show, o equipamento era bom então empolgou, e o pessoal pareceu ter gostado então awright!
Ainda rolou uma entrevista com o guitarrista da banda Inesperado, que não lembro o nome, mas é igual ao Eric Melvin do NOFX. Ele está fazendo um trampo pra faculdade dele, sobre bandas independentes e quis entrevistar a gente, filmando e tal. Foi engraçado, a gente tava levemente chapado e as respostas saíram bem naturais, quando eu metia o pau em alguma coisa eu via ele comemorando atrás da câmera ahahahhaha vamos ver como ficou isso logo menos.
O único problema que aconteceu é que eu não conseguia ficar louco, lembrei da música do Bomb the Music Industry! que fala disso, e realmente é um sentimento de merda. Eu bebia cerveja e não dava nada além do normal, eu queria ter ficado horrível ali ahahahah. Buscaram destilados mas os pais do Bio não deixaram a galera beber lá dentro, aí trocaram por cerveja e eu acabei ficando só alegre. Eu queria era ter vomitado em Jundiaí, acho que não fiz isso ainda.
Voltamos pra casa bem tarde(umas 4 da manhã), depois de rachar o bico e trocar boas idéias com o pessoal. No caminho passamos no Gordão, que pra mim foi o final do rolê. Devorei um lanche com cheddar e dpois que entrei no carro não sabia nem quem eu era mais, veio um sono ancestral me pegar. Fui pescando a viagem toda, acordando só pra vigiar o Cani e não deixar ele dormir. Já que os outros 2 do carro também estavam só o caco.
Desmoronei em casa, dormi pra caralho e ontem foi o dia típico de rehab. Música (muito Weezer, Strokes, Mudhoney), Filme (Kurt & Courtney) e games (Far Cry2 finalmente terminado, chupa!).
À noite eu não conseguia dormir, abri a janela do quarto lá por volta da meia-noite e fiquei brisando, pensando, viajando, veio aquele sentimento bom que sempre vem perto do final do ano. Peguei a guitarra (recém comprada, aliás) e fiquei tocando por um bom tempo, olhando pro nada, pra cidade vazia, tentando compôr alguma coisa mas sem me preocupar demais com isso. Não saiu nada que prestasse, mas foi bem legal e até terapêutico.
Dormi igual um bêbê gordo e lambuzado. E hoje, até agora(16:40), tá tudo mais do que nos conformes. Vou enrolar minha última hora de trampo e ir direto pro ensaio de 3 horas que me aguarda.
É, acho que eu desisto de escrever sobre meus finais de semana aqui. Os 2 que passaram ficaram com certeza no top20 desse ano, mas me falta tempo pra escrever direito sobre eles, então melhor do que ficar de nheco nheco chique merda balancê vou listar aqui os CD´s importantes do ano até agora, bem provável que vai terminar assim mesmo, acho que não tem mais nada pra sair nesses 2 meses.
Rancid - "Let the Dominoes Fall" Lembro que quando ouvi pela primeira vez gostei pra caralho, mas depois fui enjoando. Geralmente acontece o contrário né? Mas esse CD não me pegou em cheio ainda não, claro que ele tem suas pérolas. "L.A. River" virou até zona no rolê da Jive, eu me apresentava como Boom Shaka-laka e o Fábio como Shimme Shimme Sheik.
NOFX - "Coaster" Marromenos também. Tirando a "Orphan Year" que é sensacional na letra e na melodia o resto achei parecido demais com tudo que eles fizeram recentemente, e isso de um jeito ruim. Não sei, não bateu. E eu queria tanto gostar desse CD, caralho!
Placebo - "Battle for the Sun" Esse surpreendeu pro lado bom. Talvez seja o CD mais conciso da carreira deles, é bom inteiro. Só a "For what it´s worth" que eu não gostei mesmo. Esse CD marcou uma fase chata que passei esse ano e ajudou pra caralho. "Ashtray Heart", "Kings of Medicine", "Bright Lights","Come Undone" e "Happy You´re Gone", são boas demais. Demais mesmo.
Green Day - "21st Century Breakdown" Decepção das grandes. Desculpa, mas não entrei na brincadeira da historinha, da criação de personagens, da piração no The Who. Pra mim é quase como se fosse outra banda já nessa altura. Tudo que eu quero mesmo é ver um show, porque ao vivo os setlists estão fodidões. Mas nesse CD pra mim só se salvam "Murder City", "Peacemaker", "Viva la gloria? (little girl)" e até gosto um pouco da "21 Guns". O resto ou eu acho um puta saco, ou sem sal ou simplesmente horrível, como no casa da "See the light", que acho que é a pior música de todas que eles já fizeram. Claro que num showzão em estádio esse CD deve ficar legal, mas pra ouvir em casa, desculpa, mas...NÃO É!Isso porque Green Day é uma das minhas bandas favoritas...
Weezer - "Raditude" Acho que esse CD nem saiu oficialmente ainda mas como a internet é uma maravilha eu já estou ouvindo ele tem 2 dias. De cara eu achei bem esquisitão, não no nível que o Red Album(do ano passado!) foi estranho, mas sim em outro nível. Eles fizeram uns 2 ou 3 sons MUITO eletrônicos, com quase nada de guitarras. A piração que eles tinham de tocar ao vivo versões da Lady Gaga e MGMT realmente resultou em vários sons que têm essas influências. O pior de tudo é que funcionou, e o CD é bem legal do começo ao fim. Claro, não tem nada a ver com os primeiros trabalhos, mas isso não quer dizer que seja ruim, só é muito diferente. Até agora as minhas favoritas são: "I´m your daddy", "Can´t stop partying","Put me back together", "Love is the answer" que é bonita pra caralho e completamente diferente, com uma garota cantando em alguma língua indiana, "I don´t want let you go" e "The prettiest girl in the whole wide world" que poderia estar no grandioso Blue Album se bobear.
Claro que saiu muito mais coisa nesse ano, mas a preguiça me impede de escrever mais. Até porque isso não é resenha de caralha nenhuma, é só um registro. Rááá!
[Weezer - "The prettiest girl in the whole wide world"]
Finalmente consegui assistir esse filme, depois de 2 desencontros com o HSBC Cultural, acabei desistindo e só ontem fui ver, graças ao DVD bombástico que o Twingo gravou.
Fiquei com preguiça de fazer as legendas funcionarem, então acabei assistindo sem elas mesmo, foi uma experiência diferente. Fazia muito tempo que não via um filme inteiro sem legendas, e ter entendido 95% de tudo me fez sentir bem em relação ao meu conhecimento de inglês, mas o bacana mesmo foi que assisti ao filme deitado, com o fone de ouvido que comprei há pouco tempo (com a intenção de treinar baixo, mas acabo usando mais pra ouvir música e jogar, já que o desgraçado tem um som fenomenal) e foi demais ouvir toda a narrativa, como se eu estivesse mesmo ouvindo as fitas da gravação original. Até as conversas telefônicas cheias de rúido e estática ficaram bem claras.
O filme é muito bem editado, as cenas escolhidas para acompanhar a narração dos fatos foram bem montadas, direção de fotografia impecável. Agora, eu acho que o filme é pra quem é muito fã de Nirvana (meu caso), muito fã do Kurt Cobain (meu caso) ou pra quem tem real interesse sobre crises, depressão e transtornos psicológicos em geral (meu caso).
Várias passagens do filme mostram um lado que não foi tão martelado pela mídia sobre o Cobain, por exemplo, sempre meio que endeusaram o cara. Mas no filme ele até diz algo que muitos devem ter taxado como "atitude de cuzão", quando diz que os outros dois parceiros de banda não mereciam receber grana em partes iguais a dele, porque não compunham em partes iguais. Isso me assustou também, confesso. O fato dele não se sentir a vontade pra ser engraçado perto do Novoselic também achei estranho...se não fosse ele próprio dizendo essas coisas eu jamais acreditaria.
O filme é triste, mas não sensacionalista. A história toda do Kurt/Nirvana é bem triste, tudo que fizerem sobre eles dificilmente vai ter uma aura de ultra alegria, e é isso que eu tanto gosto neles.
Depois do filme parei pra refletir sobre a importância que esses caras tiveram na minha vida, foi algo bem forte mesmo. Acho que quase todo mundo (que realmente vive e respira música) tem uma banda que transformou sua vida. Pra mim foi o Nirvana. Eu cresci ouvindo The Doors, Pink Floyd, Raul Seixas e Led Zeppelin no toca discos do meu pai, eu curtia bastante. Mas a primeira banda que eu curti por mim mesmo foi o Aerosmith, isso com 11 anos. Daí conheci Oasis e também gostei absurdamente.
Passou um tempo e quando tinha de 12 pra 13, conheci o Green Day e Offspring, que fizeram eu começar a traduzir letra atrás de letra. Mas foi só mais tarde mesmo, ali com 14 anos, frustrado e puto por não ter passado no vestibulinho da GV, Liceu e Federal, voltando de um acampamento de fim de ano na 8a série que tudo iria mudar mesmo.
Meu amigo Takei, provavelmente o cara que tenho amizade há mais tempo, uns 14 anos já, estava ouvindo o tal CD do bebê pelado no seu grandioso discman. Eu não tinha ouvido até então, aí sentei do lado dele no ônibus e pedi pra ouvir, desde o começo. Deus do céu. Eu não sabia nenhuma letra, nem nada, mas aquilo me pegou em cheio, eu fui cantarolando as melodias e os berros junto com ele, irritando todo mundo no ônibus. Ouvimos o CD todo umas 3 vezes. Cheguei em casa e só pensava uma coisa: Eu precisava daquele CD.
Assim começou, isso foi na virada de 1999 pra 2000. Em 2000 eu virei um protótipo de grunge, foi o ano mais triste e deprê que passei, muito pelo Nirvana mesmo, mas não pela música. Eu lembro que meu pai imprimiu um bolo gigante de folhas do Nirvana, com toda a história, letras, e tudo mais. Foi do caralho ele ter feito isso, apesar dele odiar eu ter entrado nesse universo de bandas, isso foi muito legal da parte dele.
Eu lia e relia aquele monte de coisas, e ali tinham várias frases, histórias e pensamentos do Kurt, coisas que mexem com a cabeça de qualquer um, ainda mais se for adolescente. Ali minha mente mudou, muito dos meus valores mudaram, comecei a ver a vida com outros olhos, as pessoas, as situações todas. Não tenho dúvidas que foi ali que eu virei uns 80% do que sou hoje. No começo foi difícil entender, porra, até hoje tem coisa que é. Mas as músicas, as letras e todas as histórias e frases diziam muito mais do que qualquer um já havia falado.
Hoje em dia talvez eu tenha um apanhado maior de referências e "ídolos", até porque eu mesmo já vivi bastante coisa. Mas mesmo assim, pra mim não existiu cara mais foda no Rock and Roll. Chamem de covarde, de fraco, de péssimo guitarrista/cantor, de junkie. Chamem do que quiser. Mas o final desse filme me fez chorar, mesmo tanto tempo depois de ser realmente fanático pela banda, e isso é difícil de explicar.
Vídeo do primeiro show que fizemos em Campo Grande, pouco tempo atrás. Melhor parte é o Cani dizendo "vai, caraio!". Não foi o melhor show, mas até que tocamos legal. Espero que apareçam mais vídeos.
E espero também que essa correria insana no trampo acabe logo, tô ficando doidão sóbrio. Isso não é legal. Mas também estou empolgado pra mais um final de semana e pro monte de possibilidades que vem se abrindo da última semana pra cá. É claro que eu tô falando de mulher, cacete.
Seja amizade, putaria ou namoro, tem tanta coisa nova pintando aí que isso deixaria qualquer imbecil feliz, né?
Olha, eu bem queria escrever tudo sobre esse final de semana que passou, mas acho que nunca tive tanto trabalho pra fazer. Eu vou sair vivo dessa, quando sobrar um tempo escrevo aqui todas as coisas que lembro, até porque, esse foi certamente um dos finais de semana mais bacanas de 2009. Apesar de eu ainda ter feito algumas merdas, tiveram 2 ou 4 coisas que mexeram fortemente comigo prum lado muito positivo.
Mas isso fica pra depois, agora é hora de trabalhar loucamente ouvindo Frusciante e Iggy.
1-)Lesbian Night Considerar as pegadas (saltos) do arranjo Cantar respeitando isso
2-)Ballad for the Losers Treinar voz c/ as notas do violão, fazendo o solo da melodia vocal Exagerar respiração
3-)Let Me Go Interpretar a letra, desenvolver o personagem +Alma +Personalidade Criar clima pro verso
4-)My Drug Testar versão lenta, 60´s, pra deixar de bônus Menos nasal Criar brincadeira vocal pros últimos versos
5-)9 to 5 Começar cantando com bico, depois aberto geral Dar mais ginga na voz na parte "I´m working from 9 to 5 again" "I can´t believe" - Fazer o "i" com bico exagerado, e casar o tempo disso com a pegada instrumental, dar respiro pro refrão
Ainda não foi dessa vez. Tem muita coisa a ser feita.
E ó, sente só o sopro de coisas novas aparecendo, hoje foi descarado hem? Uau! Com esse post de hoje eu empurro o último post da fase negra pra longe da vista, e isso além de ser uma metáfora bem nerd, é um verdadeiro progresso.
Preciso juntar as idéias das letras que eu queria/comecei fazer, e trabalhar nelas, criar melodias e arranjos pra dar vazão nesses sentimentos todos de uma vez. Além disso tenho que acertar minhas vozes e baixos das 8 músicas que vamos gravar em breve.
É só transformar dúvida em empolgação e otimismo que tudo parece funcionar. Afinal, eu não tenho todo tempo do mundo, e usar ele com lamentos nunca leva a nada. Nada. Preciso deixar minha cicatriz nessa merda, é hora de trabalhar.
Puta que o pariu de feriado bom. 6a feira a festa em casa foi pirante, por volta de umas 35 pessoas, todo mundo bebendo, conversando, e fazendo várias outras coisas no gerúndio. Até que me comportei bem e consegui manter todos nos limites(inclusive eu mesmo), já que da última vez tinham conseguido a proeza de quebrar o corrimão.
Aliás, foi desde essa última festa que eu não fazia mais nenhuma farra em casa, quase 1 ano exatamente. Agora eu decidi aproveitar, porque em Junho do ano que vem vou me mudar, então tenho aí 6 meses pra destruir a casa. Sempre que meus pais viajarem vou festejar, certeza.
No sábado de manhã eu acordei com uma das piores ressacas da minha vida, mas não sei se sou só eu, ou mais gente pensa assim, mas tem uma certa glória na ressaca. Não só na ressaca, em qualquer mal estar que você sinta por ter exagerado antes.
Por exemplo, eu fiquei muito louco, tinha bebido de tudo, destilado, fermentado, misturado, aí deitei e dormi bem. Mas acordei fraco, com tudo rodando e enjoadão, quando vi eu já estava rastejando de quatro no banheiro, abraçando a privada. E sempre, sempre mesmo, que eu passo mal assim eu dou risada logo em seguida. É tipo: "Caraaaalho...parabéns campeão".
A verdade é que desde pivete eu curtia ver nos filmes a galera se estragando e depois ficar horrivelmente podre, vide o clipe da "Whiskey in the Jar" que me deixou maluquinho da cabeça lá nos meus 13 anos: http://www.youtube.com/watch?v=7oKLq1JD3vU
O niilismo me seduz e isso não é novidade. Acho engraçado, porque por pior que você esteja na hora, você sabe que uma hora vai passar e depois vai acabar dando risada da situação e chapando de novo. É difícil explicar a sensação, mas por exemplo, quando eu exagero e não lembro de quase nada em algum rolê. Depois acabo recebendo as fotos desse dia, e é sempre um processo parecido. Começo a ver as fotos e acho engraçado, fica vergonhoso, chega até a bater uma depressãozinha em alguns casos extremos, mas depois sempre termina engraçado.
Acho que enquanto eu não me expôr a riscos demais está tudo bem.
Na aula de canto (estranho escrever isso) que fiz ontem, teve uma hora que paramos pra analisar alguns vocalistas, reparar nas técnicas de respiração deles, entre outras tantas técnicas. Eu comentei que ultimamente ando ouvindo e prestando muita atenção no Anthony Kiedis, fico em casa com o fone no talo cantando junto uns sons do "By the Way" e do "Californication"(que pra mim é o melhor CD deles). Achava que ele era meio ruim de vocal ao vivo até reparar melhor...é foda, a banda toda é foda, eles tem uma química absurda, não dá pra saber quem é o melhor(Frusciante talvez?):
Também foi ontem que conheci um pouco melhor o A-Ha, isso é mais estranho ainda de escrever aqui ahuahuahuahu. É louco como você tem uma idéia de certas bandas sem nem ter ouvido direito, sempre achei que o A-Ha fosse aquelas bandas mela cueca dos anos 80, mas mudei um pouco de opinião depois de ouvir isso aqui:
Não virei fã da banda, mas foi bom conhecer esse som, o vocalista é um monstro e nem abre a boca direito pra cantar. Achei a música bem mais densa e pesada do que alguma coisa que esperaria do A-Ha, surpreendeu, a letra também é bem bacana.
Seguindo pra outro cara que analisei ontem, o dono de uma das vozes mais agudas e impossíveis de se copiar, Dexter Holland. Ele é um cara que ao vivo quase sempre vacila, canta as músicas em tons mais baixos do que no CD, mas a lição que ficou foi que ele é bom pra caralho, depende só da situação e do dia.
Um comparativo bem simples, Offspring tocando "Self Steem" no Woodstock de 99, com o Dexter provavelmente cheirado, música mais pro final do setlist com ele já meio cansado, saiu ruim, quase inteira fora do tom e da pegada:
E aí outro show, com ele concentradão e mandando praticamente perfeito:
São tantas coisas pra se aprender nisso de vocal, cacete viu. Mas é bem legal, aprender sempre é bom demais, qualquer coisa que seja. Hoje vou ensaiar tentando lembrar várias lições, o problema são os vícios, afinal, já são quase 6 anos cantando do jeito que eu fui aprendendo. Agora rala lombinha, rala!
Sério, se você gosta de Nirvana ou de Punk Rock em geral, baixe esse CD. É um tributo ao Nirvana só com bandas punks e tem coisas bem legais e inusitadas. A versão que o Dee Dee Ramone fez pra Negative Creep é nojenta de ruim, mas vale a pena ouvir pelo menos uma vez.
As melhores versões na minha singela opinião são: 1.Burning Brides - "Something in the way" 2.The Vibrators - "Come as you are" 3.Agent Orange - "On a Plain" 4.ICU - "Dive"
Perdi meu botton dos Distillers, que merda! Na verdade devem fazer umas 2 semanas já, e provavelmente devo ter dado ele pra alguém no fatídico dia insano e sem lembranças no Vitrola/Romero. Será? Ou será que foi depois?
A pergunta que realmente fica é: Pra quem eu dei? Uiii...
Puta que o pariu! Tinha esquecido o quanto esse CD era foda. Mudou minha vida em 2000, e bem pode mudar tudo de novo agora. Caralho, caralho, caralho!
Tô tirando todas as músicas, mais uma vez. Que tesão fodido da porra, até arrepia. Pobres dos que acham que Screamo é uma coisa furiosa e com alma, pobres, pobres, pobres...só lamento.
Pois é. Mais de 3000 caracteres, 500ml de saliva e 1 semana depois eu realmente aceito que não tem solução. Sem chance. Tentei, me expûs completamente, me abri igual um livro (ui) e infelizmente não entenderam, não captaram ou simplesmente não se importaram. Igual têm sido por quase todo esse ano.
Além de tudo, pelo visto entenderam tudo errado. Será tão difícil sacar quando alguém quer ser só teu amigo? Ego é um negócio engraçado.
Mas já era, a barreira foi criada. Sabe, eu já dei voltas e voltas em muitos relacionamentos da minha vida, já jurei de pé junto que não seria amigo de pessoas que hoje são meus melhores amigos, mas uma coisa é você ficar puto, outra é ficar decepcionado. Decepção gera indiferença, o pior sentimento de todos.
E é assim que estou ficando, considero isso uma pena. Mas como disse, minha parte eu fiz, aliás, fiz muito além da minha parte. Conversei e tentei de todo jeito explicar a situação, até meio desesperado, porque eu odeio amizades que vão sumindo aos poucos até não sobrar mais nada. Do outro lado eu só via promessas de conversar num futuro breve, sempre adiando, sempre esquivando, sempre fingindo estar tudo bem.
Essa foi a única vez que eu tentei fazer algo a respeito, evitar que a falta de sintonia ganhasse o jogo e quebrasse a amizade, mas pelo visto é melhor deixar tudo fluir naturalmente, igual já aconteceram tantas vezes...nem sempre o esquecimento é algo ruim. Pelo menos ficam as lembranças boas, e não o amargo de alguém que não dá a mínima.
Então tchau! Porque eu tenho uma porção de coisas boas acontecendo, idéias clareando, planos pra lutar, além de estar me levantando da crise que tive há pouco. E é aquela coisa, "O que não te mata te deixa mais forte".
Então foi assim, acabou o show do Jennifer Magnética, banda boa, mas o estilo não me agrada muito, é muito "seguro" e bonzinho. Aí foi nossa vez. Subi no palco e comecei a montar meus pedais, colocar setlists pra todo mundo e deixei meu copo de cuba (acho que era isso que bebi) e uma garrafa de água num lugar estratégico pra ir bebendo rápido nas chances que tivesse.
Tudo muito bem, tudo muito bom, aparelhagem legal pra caralho. Aí todo mundo afinado, pegamos o microfone e blábláblá, somos o Razorblades, lá de São Paulo, nossa bunda ainda tá quadrada por ficar 14 horas sentado no busão, blábláblá, viva o tereré, bláblá. E lá foi o show. Achei que foi melhor do que o esperado, pessoal correspondeu legal, pareciam estar curtindo, depois vieram pedir alguns CDs e uma menina veio elogiar por termos tocado The Vandals, dizendo que "Nossa, achei que só eu conhecia eles!". Muito bom.
Saí contente do palco, porque apesar do público não ser exatamente o "nosso" público, nós fizemos um bom show, ensaiado, sem erros, e com pegada e vontade o tempo todo. Me diverti. Fomos deixar as coisas no carro e quando voltamos pra dentro da balada que aconteceu o meu momento calígula. Como? Fácil, eu tinha acabado de entrar na balada e aí vem uma menina com o setlist na mão:
"Hey, hey! Muito bom o show de vocês!" "Ah...que é isso, valeu! A gente tava meio travado..." "Ahhh, que nada foi muito bom. Me dá um beijo?" "Ahn??" "É, me beija!"
A menina até que era bonita, eu já tinha cuba o bastante na cabeça pra beijar até meu pai, então não hesitei. Beleza, aí 2 minutos depois ela pára tudo e fala:
"Heeey, beija minha amiga também!" - puxando amiga que estava ao lado "Oi!! Hehehe sou a amiga dela"
Essa era bem mais bonita, nossa. Achei que era pegadinha do Malandro, mas que fosse. Quando vi, tava uma baixaria só, beija aqui, beija ali, troca, vira, vem pra cá, ele é meeeeu, não é meeeeu. Caralho. Aí do nada elas pararam e falaram: "Você vai voltar com história pra SP seu safadinho". Deus do céu, de onde saíram essas aí? Quero mais!
Fiquei seilá quanto tempo com elas assim, só saía pra buscar mais bebida, e por isso não lembro nada dos outros 2 shows que aconteceram, estava bêbado e ocupado. As duas coisas juntas jamais vão permitir que eu lembre de nada. Eis que numa das andanças pro bar uma outra garota me para e começa a falar algo em espanhol. Achei que fosse zoeira também, mas não. Ela era Paraguaia. Campo Grande tem fronteira com o Paraguai. Essa menina era a mais legal de todas, tá talvez nem tanto assim, porque a segunda era bem, bem bonita também.
Fiquei lá conversando, e lembro que uma hora soltei a belíssima frase:
"Yo estoy muchooo lueeeeco!"
Ela ficou rindo do meu portunhol, e quando talvez a coisa fosse engatar, chegaram as duas taradas. Me puxando pela corrente do pescoço, igual um cachorro de rua. Eu até reclamaria, mas não tinha como ahahhaahaha. Aí foi o momento da minha amnésia alcoólica de sempre. Só volto a lembrar o que aconteceu a partir da hora que uma das duas estava passando mal, e resolvemos sair da balada pra deixar ela no carro da outra amiga.
Tudo bem, saímos, eu com medo porque não tinha conseguido avisar os caras e se eu tivesse me perdido ali, acho que estaria lá até agora. Entramos no carro, deixamos a que estava passando mal no banco de trás e ficamos lá no banco da frente. Aí começou a baixaria forte, como era de se esperar. Quando eu vi já tinha roupa pra todo canto, camisinha aberta, e pronto. Foi engraçado demais porque a coitada que tava passando mal desmaiada no banco de trás ficava dando aqueles gemidos de quem não está se sentindo bem, broxantes pra caralho, mas eu resisti.
Na hora de sair do carro foi engraçado também, a garota virou pra mim e disse que estava se sentindo meio culpada, que ela nem me conhecia, que nunca mais ia me ver, e blá blá blá. Eu dei uma resposta cafaj(g?)este, mas que soou mais cômico e verdadeiro do que qualquer outra coisa, disse: "Mas, essa é a graça. Eu não existo, nem você. A gente se usou hoje a noite e pronto." Ela riu, ficamos conversando mais uns 15 minutos, falei pra ela ir no show do outro dia que conversaríamos melhor e pronto. Saí desesperado pra encontrar os caras.
Por sorte achei eles todos bem loucos na frente do carro pertinho de onde eu estava. Contei meio por cima o que tinha acontecido, entrei no carro e desmaiei. Nâo sei de mais nada. Só sei que acordei no quartinho na casa do Ednan, com o Coyote e Cani dormindo e eu numa vontade louca de tomar banho e tomar um engov.
O chuveiro lá era sempre gelado, porque lá é quente pra dedéu, então foi bom pra começar o dia e tirar a ressaca. Logo que saí do banho encontrei o Ednan, ficamos tentando acordar os outros vagabundos porque ia rolar um churrasco na casa de uns amigos do Ednan, e queríamos chegar cedo pra aproveitar.
Depois de um pouco de luta, todos acordaram, se banharam e estavam prontos pro churras. Entramos no carro e fomos pro churrasco, antes passamos pra pegar o figuraça do Thiago.
Chegamos lá e parecia aquelas casas de Malibu, com piscina e o caraio. Chique, fino, crasse! Aí conhecemos a galera de várias bandas locais, começamos a beber e churrascar fortemente. Fiquei muito louco e por pouco não entrei na piscina de roupa e tudo. Empurraram um dos donos da casa na piscina, só que ele estava com celular, câmera digital e uma câmera que devia valer uns 2mil por baixo. Aí o clima ficou uma bosta, foi a hora que resolvemos sair. ahahahaha
Voltamos pra casa do Ednan e ficamos papeando sobre merdas aleatórias e, claro, mulheres. Tinham 2 japinhas que não saíam da minha cabeça, uma foi a que reconheceu The Vandals, e estava lá no churras também. Só que eu sou um animal lerdo, quem me conhece sabe, não tive a manha de chegar e falar nada com ela, na verdade eu nem tinha certeza se era ela, porque estava tão bêbado na outra noite...
Merdas aleatórias 1:
Merdas aleatórias 2:
Demos um tempo pra descansar legal e logo rumamos pro Motoclube onde ia acontecer nosso 2o show. Esse sim era um show que as expectativas eram das maiores, público mais louco, do punk rock e bagaceira em geral. Aì a gente fica em casa. O lugar era bacana, bem aberto e logo que chegamos já tinha um bom pessoal pro lado de fora. Entramos pra conhecer e eu filmei o Coyote brincando no cascalho:
Encontramos também o Rodrido e Diogo do Parkers, fizemos um puta rolê doido atrás de anfetaminas. Aliás, esqueci de contar aqui, durante os dois dias a gente rodou todas as farmácias de Campo Grande procurando as porcarias das anfetaminas. E não venderam em nenhuma porque nossa receita era de SP, ou por isso, ou por aquilo.
Ficamos botecando fortemente e logo entramos pra conferir o começo dos shows. Depois um tempinho começou o primeiro show, da banda "Staminas", só de meninas. Foi bem legal, primeiro show delas, curtinho, tocaram só uns 5 sons do Ramones. Aliás, esse dia era tributo ao Ramones, e o legal é que misturou bandas de diversos estilos, tocando sons próprios e alguns Ramones em versões dentro do estilo da banda.
Depois teve show do Trakinas, bandas mais focada no HC direto mesmo, bem furioso o show dos caras, e os Ramones rolaram na fúria. A próxima banda foi o "Bestial War", banda de Thrash Metal, foi legal ouvir as versões loucas de Ramones que eles tocaram. O baterista mandou pra caralho!
Daí veio o pessoal do Crossover, "Ataque Nuclear", tocando um som próprio nervoso, violentão, e muito bem ensaiado. Bem anos 80 a pegada.
A última banda antes da gente foi a galera do "Maledetos". Eles seguem uma linha meio Matanza e o show foi muito bom, divertidão e mandaram os Ramones numa pegada própria que agradou. Vale lembrar que essa altura o pico tava lotado, tinha entre 150 e 200 pessoas lá, maioria pogando o tempo todo.
Aí foi nossa vez, eu já estava daquele jeito, afinal a dose de Smirnoff lá era 3 reais. SIM, 3! Daí, subimos no palco e logo que começamos a tocar sentimos que o show ia ser diferente, resposta da galera fodida logo na primeira música. Esse foi nosso show mais longo(ui) até hoje, tocamos 17 músicas, 5 foram Ramones.
E foi foda demais ver a galera pirando em cada música, se matando no pogo, pulando, escalando pilastra, gritando entre as músicas. Foi de lavar a alma memo.
Bem foda, e no pós show novamente rolaram azarações bicho! Todo mundo na crista da onda. Mas não rendeu fruto nenhum, foi até meio perigoso, a maldita tinha namorado...pô, não se faz isso! Saímos todos ilesos e puros, e fomos direto pra casa do Ednan pegar as coisas e de lá pro aeroporto.
Como toda viagem foda, zica tem que acontecer até o último segundo, e não foi diferente com essa. Atolamos no caminho pro aeroporto, quando passamos por um atalho maluco numa estrada de terra. Ainda bem que não estávamos tão em cima da hora, um pouco de luta, pedras debaixo do pneu e reza braba fizeram a gente conseguir sair.
Aeroporto, todo mundo cansado, feio pra caralho, mó galera acompanhando a gente lá, ajudando a carregar as coisas, foda demais. Por pouco não barraram meu baixo, porque ele não tem hardcase, mas tudo foi resolvido. Comemos alguma coisa e aí foi hora de dar tchau e embarcar. É uma merda se despedir né? Você diz até logo, mas sabe que vai demorar pra caralho pra ver o pessoal de novo, e até provavelmente não vá ser a mesma galera quando voltar...
Fomos correndo pegar o vôo, porque ficamos enrolando demais nas conversas e nos atrasamos. Aí saímos correndo pela pista, eu nunca tinha embarcado assim, nesses aviões pequenos que você entra pela escadinha. Entramos e o Coyote foi pro lugar dele que era no fundão. Eu e Cani ficamos logo nos primeiros lugares (lembra? A gente ganhou promoção sem querer pra ir na classe executiva). Sentamos e eu comecei a ficar com medo daquela porra ahahahha. Nunca tinha voado em avião de só duas fileiras de 2 poltronas. É muito pequeno.
Eu cagando de medo 1:
Eu cagando de medo 2:
Meu medo fez sentido quando o avião decolou, eu sentia o ar passando embaixo, em cima, sentia ele tremer nas curvas, qualquer turbulência era tensa, aaargh! Meti o fone de ouvido na viagem inteira e o único momento que eu realmente consegui relaxar foi quando rolou "Universally Speaking" do Chili Peppers, nossa, essa cena foi foda. O céu estava limpo, milhões de estrelas, e as cidades pareciam estrelas lá embaixo, essa hora eu brisei loucamente.
A viagem de avião foi ridiculamente rápida, 1:15h. Achei até que estivéssemos parando pra fazer escala em outra cidade, mas não, era o destino final. Campinas. De lá íamos pegar um ônibus até a Barra Funda e voltar pra casa.
Vídeo idiota:
Assim foi, voltamos cada um pra sua casa, cheguei exausto e fui dormir legal pra caralho.
Só boas recordações, mais uma viagem que valeu a pena cada segundo :D
