quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Cheiro de Alvejante


Sério, se você gosta de Nirvana ou de Punk Rock em geral, baixe esse CD. É um tributo ao Nirvana só com bandas punks e tem coisas bem legais e inusitadas. A versão que o Dee Dee Ramone fez pra Negative Creep é nojenta de ruim, mas vale a pena ouvir pelo menos uma vez.

As melhores versões na minha singela opinião são:
1.Burning Brides - "Something in the way"
2.The Vibrators - "Come as you are"
3.Agent Orange - "On a Plain"
4.ICU - "Dive"


Pra baixar o link é esse aqui:
http://www.4shared.com/file/136547620/20e09770/Smells_Like_Bleach_-_A_Punk_Tribute_to_Nirvana_2000.html


[Vice Squad - "Lithium"]

Cacete viu!


Perdi meu botton dos Distillers, que merda! Na verdade devem fazer umas 2 semanas já, e provavelmente devo ter dado ele pra alguém no fatídico dia insano e sem lembranças no Vitrola/Romero. Será? Ou será que foi depois?

A pergunta que realmente fica é: Pra quem eu dei? Uiii...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Nevermind


Puta que o pariu! Tinha esquecido o quanto esse CD era foda. Mudou minha vida em 2000, e bem pode mudar tudo de novo agora. Caralho, caralho, caralho!

Tô tirando todas as músicas, mais uma vez. Que tesão fodido da porra, até arrepia. Pobres dos que acham que Screamo é uma coisa furiosa e com alma, pobres, pobres, pobres...só lamento.


[Nirvana - "Drain You"]

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Jogando a toalha


Pois é. Mais de 3000 caracteres, 500ml de saliva e 1 semana depois eu realmente aceito que não tem solução. Sem chance. Tentei, me expûs completamente, me abri igual um livro (ui) e infelizmente não entenderam, não captaram ou simplesmente não se importaram. Igual têm sido por quase todo esse ano.

Além de tudo, pelo visto entenderam tudo errado. Será tão difícil sacar quando alguém quer ser só teu amigo? Ego é um negócio engraçado.

Mas já era, a barreira foi criada. Sabe, eu já dei voltas e voltas em muitos relacionamentos da minha vida, já jurei de pé junto que não seria amigo de pessoas que hoje são meus melhores amigos, mas uma coisa é você ficar puto, outra é ficar decepcionado. Decepção gera indiferença, o pior sentimento de todos.

E é assim que estou ficando, considero isso uma pena. Mas como disse, minha parte eu fiz, aliás, fiz muito além da minha parte. Conversei e tentei de todo jeito explicar a situação, até meio desesperado, porque eu odeio amizades que vão sumindo aos poucos até não sobrar mais nada. Do outro lado eu só via promessas de conversar num futuro breve, sempre adiando, sempre esquivando, sempre fingindo estar tudo bem.

Essa foi a única vez que eu tentei fazer algo a respeito, evitar que a falta de sintonia ganhasse o jogo e quebrasse a amizade, mas pelo visto é melhor deixar tudo fluir naturalmente, igual já aconteceram tantas vezes...nem sempre o esquecimento é algo ruim. Pelo menos ficam as lembranças boas, e não o amargo de alguém que não dá a mínima.

Então tchau! Porque eu tenho uma porção de coisas boas acontecendo, idéias clareando, planos pra lutar, além de estar me levantando da crise que tive há pouco. E é aquela coisa, "O que não te mata te deixa mais forte".

Eu me sinto tão bem agora.

So long, farewell!


[Silverchair - "Learn to Hate"]

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Campo Grande - Final



Então foi assim, acabou o show do Jennifer Magnética, banda boa, mas o estilo não me agrada muito, é muito "seguro" e bonzinho. Aí foi nossa vez. Subi no palco e comecei a montar meus pedais, colocar setlists pra todo mundo e deixei meu copo de cuba (acho que era isso que bebi) e uma garrafa de água num lugar estratégico pra ir bebendo rápido nas chances que tivesse.

Tudo muito bem, tudo muito bom, aparelhagem legal pra caralho. Aí todo mundo afinado, pegamos o microfone e blábláblá, somos o Razorblades, lá de São Paulo, nossa bunda ainda tá quadrada por ficar 14 horas sentado no busão, blábláblá, viva o tereré, bláblá. E lá foi o show. Achei que foi melhor do que o esperado, pessoal correspondeu legal, pareciam estar curtindo, depois vieram pedir alguns CDs e uma menina veio elogiar por termos tocado The Vandals, dizendo que "Nossa, achei que só eu conhecia eles!". Muito bom.


Saí contente do palco, porque apesar do público não ser exatamente o "nosso" público, nós fizemos um bom show, ensaiado, sem erros, e com pegada e vontade o tempo todo. Me diverti. Fomos deixar as coisas no carro e quando voltamos pra dentro da balada que aconteceu o meu momento calígula. Como? Fácil, eu tinha acabado de entrar na balada e aí vem uma menina com o setlist na mão:

"Hey, hey! Muito bom o show de vocês!"
"Ah...que é isso, valeu! A gente tava meio travado..."
"Ahhh, que nada foi muito bom. Me dá um beijo?"
"Ahn??"
"É, me beija!"

A menina até que era bonita, eu já tinha cuba o bastante na cabeça pra beijar até meu pai, então não hesitei. Beleza, aí 2 minutos depois ela pára tudo e fala:

"Heeey, beija minha amiga também!" - puxando amiga que estava ao lado
"Oi!! Hehehe sou a amiga dela"

Essa era bem mais bonita, nossa. Achei que era pegadinha do Malandro, mas que fosse. Quando vi, tava uma baixaria só, beija aqui, beija ali, troca, vira, vem pra cá, ele é meeeeu, não é meeeeu. Caralho. Aí do nada elas pararam e falaram: "Você vai voltar com história pra SP seu safadinho". Deus do céu, de onde saíram essas aí? Quero mais!


Fiquei seilá quanto tempo com elas assim, só saía pra buscar mais bebida, e por isso não lembro nada dos outros 2 shows que aconteceram, estava bêbado e ocupado. As duas coisas juntas jamais vão permitir que eu lembre de nada. Eis que numa das andanças pro bar uma outra garota me para e começa a falar algo em espanhol. Achei que fosse zoeira também, mas não. Ela era Paraguaia. Campo Grande tem fronteira com o Paraguai. Essa menina era a mais legal de todas, tá talvez nem tanto assim, porque a segunda era bem, bem bonita também.

Fiquei lá conversando, e lembro que uma hora soltei a belíssima frase:

"Yo estoy muchooo lueeeeco!"

Ela ficou rindo do meu portunhol, e quando talvez a coisa fosse engatar, chegaram as duas taradas. Me puxando pela corrente do pescoço, igual um cachorro de rua. Eu até reclamaria, mas não tinha como ahahhaahaha. Aí foi o momento da minha amnésia alcoólica de sempre. Só volto a lembrar o que aconteceu a partir da hora que uma das duas estava passando mal, e resolvemos sair da balada pra deixar ela no carro da outra amiga.


Tudo bem, saímos, eu com medo porque não tinha conseguido avisar os caras e se eu tivesse me perdido ali, acho que estaria lá até agora. Entramos no carro, deixamos a que estava passando mal no banco de trás e ficamos lá no banco da frente. Aí começou a baixaria forte, como era de se esperar. Quando eu vi já tinha roupa pra todo canto, camisinha aberta, e pronto. Foi engraçado demais porque a coitada que tava passando mal desmaiada no banco de trás ficava dando aqueles gemidos de quem não está se sentindo bem, broxantes pra caralho, mas eu resisti.

Na hora de sair do carro foi engraçado também, a garota virou pra mim e disse que estava se sentindo meio culpada, que ela nem me conhecia, que nunca mais ia me ver, e blá blá blá. Eu dei uma resposta cafaj(g?)este, mas que soou mais cômico e verdadeiro do que qualquer outra coisa, disse: "Mas, essa é a graça. Eu não existo, nem você. A gente se usou hoje a noite e pronto." Ela riu, ficamos conversando mais uns 15 minutos, falei pra ela ir no show do outro dia que conversaríamos melhor e pronto. Saí desesperado pra encontrar os caras.

Por sorte achei eles todos bem loucos na frente do carro pertinho de onde eu estava. Contei meio por cima o que tinha acontecido, entrei no carro e desmaiei. Nâo sei de mais nada. Só sei que acordei no quartinho na casa do Ednan, com o Coyote e Cani dormindo e eu numa vontade louca de tomar banho e tomar um engov.


O chuveiro lá era sempre gelado, porque lá é quente pra dedéu, então foi bom pra começar o dia e tirar a ressaca. Logo que saí do banho encontrei o Ednan, ficamos tentando acordar os outros vagabundos porque ia rolar um churrasco na casa de uns amigos do Ednan, e queríamos chegar cedo pra aproveitar.

Depois de um pouco de luta, todos acordaram, se banharam e estavam prontos pro churras. Entramos no carro e fomos pro churrasco, antes passamos pra pegar o figuraça do Thiago.



Chegamos lá e parecia aquelas casas de Malibu, com piscina e o caraio. Chique, fino, crasse! Aí conhecemos a galera de várias bandas locais, começamos a beber e churrascar fortemente. Fiquei muito louco e por pouco não entrei na piscina de roupa e tudo. Empurraram um dos donos da casa na piscina, só que ele estava com celular, câmera digital e uma câmera que devia valer uns 2mil por baixo. Aí o clima ficou uma bosta, foi a hora que resolvemos sair. ahahahaha

Voltamos pra casa do Ednan e ficamos papeando sobre merdas aleatórias e, claro, mulheres. Tinham 2 japinhas que não saíam da minha cabeça, uma foi a que reconheceu The Vandals, e estava lá no churras também. Só que eu sou um animal lerdo, quem me conhece sabe, não tive a manha de chegar e falar nada com ela, na verdade eu nem tinha certeza se era ela, porque estava tão bêbado na outra noite...

Merdas aleatórias 1:


Merdas aleatórias 2:


Demos um tempo pra descansar legal e logo rumamos pro Motoclube onde ia acontecer nosso 2o show. Esse sim era um show que as expectativas eram das maiores, público mais louco, do punk rock e bagaceira em geral. Aì a gente fica em casa. O lugar era bacana, bem aberto e logo que chegamos já tinha um bom pessoal pro lado de fora. Entramos pra conhecer e eu filmei o Coyote brincando no cascalho:


Encontramos também o Rodrido e Diogo do Parkers, fizemos um puta rolê doido atrás de anfetaminas. Aliás, esqueci de contar aqui, durante os dois dias a gente rodou todas as farmácias de Campo Grande procurando as porcarias das anfetaminas. E não venderam em nenhuma porque nossa receita era de SP, ou por isso, ou por aquilo.

Ficamos botecando fortemente e logo entramos pra conferir o começo dos shows. Depois um tempinho começou o primeiro show, da banda "Staminas", só de meninas. Foi bem legal, primeiro show delas, curtinho, tocaram só uns 5 sons do Ramones. Aliás, esse dia era tributo ao Ramones, e o legal é que misturou bandas de diversos estilos, tocando sons próprios e alguns Ramones em versões dentro do estilo da banda.


Depois teve show do Trakinas, bandas mais focada no HC direto mesmo, bem furioso o show dos caras, e os Ramones rolaram na fúria. A próxima banda foi o "Bestial War", banda de Thrash Metal, foi legal ouvir as versões loucas de Ramones que eles tocaram. O baterista mandou pra caralho!

Daí veio o pessoal do Crossover, "Ataque Nuclear", tocando um som próprio nervoso, violentão, e muito bem ensaiado. Bem anos 80 a pegada.

A última banda antes da gente foi a galera do "Maledetos". Eles seguem uma linha meio Matanza e o show foi muito bom, divertidão e mandaram os Ramones numa pegada própria que agradou. Vale lembrar que essa altura o pico tava lotado, tinha entre 150 e 200 pessoas lá, maioria pogando o tempo todo.


Aí foi nossa vez, eu já estava daquele jeito, afinal a dose de Smirnoff lá era 3 reais. SIM, 3! Daí, subimos no palco e logo que começamos a tocar sentimos que o show ia ser diferente, resposta da galera fodida logo na primeira música. Esse foi nosso show mais longo(ui) até hoje, tocamos 17 músicas, 5 foram Ramones.

E foi foda demais ver a galera pirando em cada música, se matando no pogo, pulando, escalando pilastra, gritando entre as músicas. Foi de lavar a alma memo.

Bem foda, e no pós show novamente rolaram azarações bicho! Todo mundo na crista da onda. Mas não rendeu fruto nenhum, foi até meio perigoso, a maldita tinha namorado...pô, não se faz isso! Saímos todos ilesos e puros, e fomos direto pra casa do Ednan pegar as coisas e de lá pro aeroporto.


Como toda viagem foda, zica tem que acontecer até o último segundo, e não foi diferente com essa. Atolamos no caminho pro aeroporto, quando passamos por um atalho maluco numa estrada de terra. Ainda bem que não estávamos tão em cima da hora, um pouco de luta, pedras debaixo do pneu e reza braba fizeram a gente conseguir sair.

Aeroporto, todo mundo cansado, feio pra caralho, mó galera acompanhando a gente lá, ajudando a carregar as coisas, foda demais. Por pouco não barraram meu baixo, porque ele não tem hardcase, mas tudo foi resolvido. Comemos alguma coisa e aí foi hora de dar tchau e embarcar. É uma merda se despedir né? Você diz até logo, mas sabe que vai demorar pra caralho pra ver o pessoal de novo, e até provavelmente não vá ser a mesma galera quando voltar...


Fomos correndo pegar o vôo, porque ficamos enrolando demais nas conversas e nos atrasamos. Aí saímos correndo pela pista, eu nunca tinha embarcado assim, nesses aviões pequenos que você entra pela escadinha. Entramos e o Coyote foi pro lugar dele que era no fundão. Eu e Cani ficamos logo nos primeiros lugares (lembra? A gente ganhou promoção sem querer pra ir na classe executiva). Sentamos e eu comecei a ficar com medo daquela porra ahahahha. Nunca tinha voado em avião de só duas fileiras de 2 poltronas. É muito pequeno.

Eu cagando de medo 1:


Eu cagando de medo 2:


Meu medo fez sentido quando o avião decolou, eu sentia o ar passando embaixo, em cima, sentia ele tremer nas curvas, qualquer turbulência era tensa, aaargh! Meti o fone de ouvido na viagem inteira e o único momento que eu realmente consegui relaxar foi quando rolou "Universally Speaking" do Chili Peppers, nossa, essa cena foi foda. O céu estava limpo, milhões de estrelas, e as cidades pareciam estrelas lá embaixo, essa hora eu brisei loucamente.

A viagem de avião foi ridiculamente rápida, 1:15h. Achei até que estivéssemos parando pra fazer escala em outra cidade, mas não, era o destino final. Campinas. De lá íamos pegar um ônibus até a Barra Funda e voltar pra casa.

Vídeo idiota:


Assim foi, voltamos cada um pra sua casa, cheguei exausto e fui dormir legal pra caralho.


Só boas recordações, mais uma viagem que valeu a pena cada segundo :D

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Campo Grande - Parte 2


Dando sequência ao "senta que lá vem a história"...tá difícil essa semana, preguiça misturada com trabalho e decisões importantes = falta de tempo. Mas vamos lá:

-Sábado(05/09)
Depois da descoberta da janela mágica do banheiro, onde todo mundo usufruiu um pouco da loucura de jah menos eu que preferi ficar tentando relaxar ouvindo Weezer e esticando as pernas pra cima do banco, eis então que estávamos chegando ao destino final.

Esqueci de colocar um vídeo da gente mostrando algumas das coisas que vieram no KIT de sobrevivência que a Jéssica e Betty tinham dado, saca só:


Mais um pouco de estrada e chegamos na rodoviária de Campo Grande. Bem pequena, nem de longe lembra aquela zona que é a de SP, parecia mais o terminal de ônibus que tem em Carágua.

Desci do ônibus carregando todas as coisas, me despedi do mau cheiro pra sempre e logo encontrei o Ednan e Rose esperando pela gente. Quem tinha mantido contato o tempo todo com eles foi o Cani, então foi a primeira vez que falei com os dois. Nos despedimos dos "Tonighters", e agora me ocorreu que perdi uma piada infame, podia ter dito "See you tonight!" há-há-há...


Fomos até o carro do Ednan colocar as nossas coisas e de lá a idéia era seguir para a casa dele, deixar as bagagens e sair pra almoçar. Fomos conversando bastante sobre assuntos costumeiros de quando você chega em uma cidade tão diferente e longe da sua, coisas tipo: "Caralho, aqui não tem trânsito, vocês tem que ver lá" "Nossa, quanta área verde" "As minas aqui são gostosas hem?" etc,etc,etc. Passamos por uns pontos turísticos legais, umas estátuas de Tuiuius (me fodeu teclar isso, espero que você aproveite a leitura) gigantes, passamos por uma praça imensa onde o Papa João Paulo II tinha rezado uma missa e até levantaram uma estátua dele em homenagem.


No caminho fui reparando várias coisas, uma delas era que o tempo estava realmente quente, mas nada exagerado, achei o RJ mais quente quando fui em 2001. A outra é que a cidade era bem bonita, mistura de cidade grande com interior. Reparei que o sotaque do pessoal era quase nulo, nada demais, só algumas gírias mesmo. Também reparei que eu reparo demais.


Chegamos na casa do Ednan por volta das 13hrs e fomos colocando as nossas coisas num quarto que ele tinha separado pra gente. Logo conhecemos a mãe dele e ela apresentou o tal do Tereré, que é uma espécie de chimarrão, mas obviamente, gelado. Muito bom pra matar a sede naquele calor maroto, bebemos bastante.


De lá seguimos para um almoço na casa da Rose, antes passamos no mercado e abastecemos a cabeça de cerveja. A mãe da Rose tinha preparado um puta almoço com pratos típicos: Arroz Carreteiro, Purê de Mandioca, Rocambole de Frango...tudo bom demais. Comemos e depois ficamos lá conversando e bebendo uma cerveja local meio estranha com um pessoal bacana que tinha chegado por lá.

Passou um tempo e logo saímos da casa da Rose, passamos no aeroporto pra ver se rolava uma passagem barata de última hora, porque nossa idéia era volta de ônibus mesmo, mas como disseram que vira e mexe apareciam preços bons resolvemos conferir. E deu certo, achamos uma passagem que ficava bem pouco acima do valor do ônibus. Já garantimos nossa volta e daí fomos de volta para a casa do Ednan.

Demos uma relaxada até de tardezinha, aí saímos pra conhecer o centro da cidade. No caminho o Ednan ia parando toda hora o carro e chamando galera pro show, lembrando que ia rolar show domingo também e apresentando a gente, foi muito louco isso, ele conhece quase a cidade toda.

Fomos no ensaio das garotas do "Staminas", depois passamos no centro pra tentar descolar muambas baratas. Descobrimos que vendem camisetas da galeria do rock por 45 reais lá! Eu acabei comprando umas correntinhas que fazia tempo que tava atrás, hihi.


Foi nessa ida pro centro que conhecemos a tal da Manga Rosa. Acenderam, prenderam, puxaram e passaram pra mim. Eu pensei um pouco, porque estou sem fumar faz um tempinho já, mas acabei provando...afinal, chance única.


Caralho, bateu forte demais. 4 pegas, só isso, foi o necessário pra deixar todo mundo louquíssimo, até quem já estava acostumado com ela. Fiquei tão xarope da cabeça que quando desci no centro e estávamos indo conhecer uma feira de artesanatos e milhões de coisas eu acabei achando um pula-pula, fiquei instigadão pra ir e perguntei pro cara que estava lá trampando:

Eu: "Opaaa...como funciona pra ir nisso aí? É por peso ou idade?"
Pula-Pula Boy: "No máximo até 7 anos"
Eu: "Ahhh....err.....aah.....certo. É que...é que...minha priminha de 10 anos queria vir, que pena"


Lá na feira, que era realmente gigante e tinha de tudo, passamos em frente à uma barraca de pingas e bebidas diferentes. O legal é que podia provar tudo, então a gente pirou, ficou provando de tudo e acabou comprando garrafas de pinga de banana (SIM, e é foda!), licor de morango e pinga de canela. Compramos várias pra trazer de "lembrança" ahahahua.

Nessa hora começou um dilúvio, puta temporal fodido, nego correndo pra debaixo das lonas e a gente também. Ficamos uma meia-hora esperando a chuva passar, eu tava meio preocupado até, porque de lá íamos direto pro show. Acabou dando tudo certo e saímos do centro por volta das 23hrs, estávamos indo pro show quando...Ednan parou o carro e falou que a gente ia dar um pulo num barzinho onde uns amigos dele estavam tocando.

Tudo bem, o show era logo ali por perto mesmo, então fomos pro bar. Parecia bastante com os barzinhos mais caros aqui de SP, espaço pra banda tocar, mesinhas, tudo bonito e bem arrumado. A banda começou a tocar e o setlist era só de covers, era um trio com 2 caras sendo baterista e guitarrista, e uma garota no baixo. Os três revezavam vocais, e eram completamente profissionais. Foi legal.


Uma meia hora ali tomando caipirinha e a gente seguiu pro lugar do show. Chegamos no tal do Bar Fly. Acho que chegamos um pouco atrasados, já estava tudo lotado, e som da primeira banda (Jennifer Magnética) rolando. Os caras deram um último pega na manga rosa e em seguida entramos. O lugar era uma balada bem legal, com 2 pisos, no piso inferior era onde ficava a pista e aconteciam os shows, em cima era mais pra quem quisesse conversar e jogar sinuca.

Lembro que desci as escadas e já vi o tanto de gente que tinha curtindo o show dos caras. Acho que facilmente tinha entre 300 e 400 pessoas. Nessa hora eu comecei a ficar meio tenso, porque tínhamos sido encaixados de última hora nesse show, que era uma noite mais voltada para bandas alternativas e indie. Fiquei pensando se iam entender a proposta e se divertir...sabe, encanação pré show lotado fora de casa. Acontece.

domingo, 13 de setembro de 2009

Campo Grande - Parte 1


Aqui vai a versão sem censura da viagem para Campo Grande. Já faz 1 semana que ela aconteceu, e esse final de semana foi meu aniversário, foi bem tenso, então vou lutar pra tentar lembrar o máximo possível. Oh vida, oh cérebro.

Sexta-Feira (04/09)
Trabalhei o dia todo daquele jeito que todo mundo faz em sexta-feiras, sem conseguir fazer quase nada direito, mas ainda pior porque tava na ansiedade brutal pra viagem. Fiquei carregando bateria disso, daquilo, preparando o mp3, setlists, etc,etc.

Saí do trabalho e aí começou a correria. Cheguei em casa, banho, barba, bigode, OK. Aí pega 3 camisetas, 2 calças, 3 cuecas, 3 meias, pasta de dente, até que sou limpo. Mais umas tranqueiras na mala e pronto. Saí rasgando de volta pro metrô até a barra funda, onde ia encontrar o Coyote e Cani e já pegar o ônibus.

O ônibus iria sair as 22hrs, cheguei na Barra Funda umas 21:20, já encontrei o Cani logo que saí do metrô, ele estava no mesmo vagão que eu, mas num "gominho" diferente auauhahua. Subimos juntos a escada rolante e logo avistamos o pobre Coyote com suas bags gigantes dos pratos da bateria.

Logo chegamos na área do embarque, deixamos as coisas no chão e essa hora começamos a abrir o fantástico KIT de sobrevivência que a Jéssica e Renatinha tinham dado. Segue um vídeo meramente ilustrativo:


Ficamos ali um tempo esperando o embarque e logo que fomos deixar as bagagens e instrumentos reparamos que tinha uma galera de banda lá também, eram os caras do "Tonighters" que estavam indo tocar junto com a gente no show de sábado. Conhecemos os caras, gente fina, entramos no ônibus e já dominamos o fundão. Sem nem reparar em número de cadeira nem nada, claro que a alegria não ia durar.

Chegaram umas pessoas que tinham aqueles lugares reservados e aí acabamos dispersando um pouco. Um dos tonighters foi parar lá na frente do ônibus. Eu fui do lado do Cani com Coyote logo na nossa frente e uma mulher aleatória ao lado dele. Eu lembro que ele até tentou um chaveco pra cima dela, faz parte né?

O ônibus começou a andar e nós abrimos o saquê que tinha no KIT que as meninas muleskas nos deram. Aí foi, saquê pra lá e pra cá, conversas com os caras do Tonighters, eles contando que já tinham tocado lá em Campo Grande no ano passado, e depois do show rolou até orgiazinha no hotel que tinham ficado. Isso instigou ainda mais a viagem né, ninguém vale nada, sabe como funciona.

No ônibus à noite aqui:


Cani comendo seu lanchinho:


A viagem ia durar umas 13 horas, então depois de ficar bêbado de saquê já mandei 1 dramin pra dar mais sono e coloquei o mp3 pra funcionar. Acho que comecei ouvindo Queens of the Stone Age, que pra mim é a melhor banda que existe pra se ouvir na estrada. Quem disse que eu dormia? Era aquele sono cachorro, dormir 15 minutos e acordar, dormir e acordar, ad infinitum.

Fizemos a primeira parada, desci meio grogue do ônibus pra comprar algo pra beber e um sanduba natureba. Os caras ficaram fumando, aliás eu acho que o ônibus fez tantas paradas na viagem mais pra galera fumar do que outra coisa. Não é possivel alguém ter tanta fome ou necessidade de ir ao banheiro assim. Por falar em banheiro, foi logo na primeira parada que a gente sentiu um cheiro terrivelmente escroto quando estava descendo do ônibus, alguém tinha se cagado ali, certeza. Disseram que tinham vomitado, mas se alguém vomitou algo com aquele cheiro eu não imagino o que poderia ter comido. Acho que foi um dos cheiros mais podres que eu senti.

Voltamos pro ônibus e lá foram mais minutos na estrada até que uma hora finalmente eu peguei legal no sono. Só sei que do nada acordei sentindo um calor monstro, meio sufocando e sem entender nada. Reparei que as janelas estavam "suando" e o ar condicionado tinha desligado. Pra ajudar, o cheiro que antes só ficava lá na frente começou a chegar pro fundo. Delícia! Foram uns 30 minutos de pânico ahahuahua aí na outra parada que rolou resolveram o problema do ar e tudo melhorou.

Ver o dia nascer na estrada foi bem legal, ainda mais que a gente estava em um lugar muito diferente, a paisagem era toda plana com várias fazendas de gado, não parava de aparecer boi e vaca pra todo canto. Também passamos por uma plantação de café monstruosa, sério, do começo ao fim dela levamos uns 5 minutos andando a uns 100km/h. Faça as contas aí.

Amanhecendo no busão:


Logo que amanheceu bateu uma certa abstnência nos comparsas e descobriram que a janela do banheiro podia ser usada à favor. Como não tinha sensor nem nada, lá foram eles. Iam e voltavam mais felizes, sem rastro nem pista nenhuma do q tinha acabado de acontecer. Os Tonighters foram visitar a janela também, mas não com tanta técnica, voltaram e o cheiro se espalhou um pouco. Mas ninguém reclamou, acho que na verdade tava todo mundo dormindo ainda.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

I´m tired of haviiiing sex


Ah, dessa vez não vou fazer diário do final de semana no estilo garotinha de 13 anos. Acho que estou com preguiça. Mas não é porque não foi legal, ele foi bem bacana.

Sexta - Show no Cervejazul, tocamos mas não cantamos, a galera invadiu o show todo. A turma do queixão parece que anda falando merda da gente por aí, bom, chupem meu saco.

Sábado - Tentativa frustrada de ensaio. Mas rolou mini farra com Pete, Testa, Cani, Jéssica e Renatinha. Foi legal tocar "No Fun" bêbado. De lá fui pra Toy Lounge ver algo bizarro, achei que ia ser banda de ska, mas wow! Uma dupla dessas modernetes, uma gordona no vocal e teclados, e uma bichona maluca (de cílios postiços) na guitarra e sintetizadores. A única coisa legal é que a bicha era de Nova York e ficava falando em inglês no microfone, eu não sabia (que ele era gringo) e rachei o bico achando que ele(a) estava bebâdo(a). Meet me in the bathroom.


Domingo - Cheguei em casa as 7:30 da manhã, aí ZZzzzzzz com smashing pumpkins no looping infinito...seguido de ressaca e de noite, surpresa! Resgate pra um pulo na pizzaria. Suco de Melão e "Siwi". jóia!

Essa semana estou sem chefes por aqui, aproveitei e estou trabalhando no Myspace do Cólera:
http://www.myspace.com/coleraoficial

Também estou alinhando planos na cabeça, acho que vai dar tudo certo muito em breve. É bom voltar a planejar coisas, não se sentir correndo atrás do próprio rabo. Apesar das decepções todas, e tudo que andei vendo esse ano sem necessariamente ser comigo, vou confessar que estou otimista pra caralho.

Ainda não entendo porque ela insiste em me incomodar no fundo da mente, mas de pouco em pouco tá indo embora, pra nunca mais aparecer. Afinal, diz aí Jaime:

"Ela não merece."

E essa semana eu estou especialmente empolgado porque vou viajar Sexta-feira pra Campo Grande, tocar 2 dias lá e voltar só na Segunda-feira. O mais legal é que é tudo pago (transporte,estadia,comidas,bebidas), é o primeiro rolê assim desde que comecei a tocar e vai ser absurdamente foda.


Fui nessa que tem trabalho pra cacete me esperando.