domingo, 19 de dezembro de 2010

We all want to be young

We All Want to Be Young (leg) from box1824 on Vimeo.



Esse curta ajuda a entender/explicar diversas coisas, entre elas os tais relacionamentos efêmeros e a ansiedade maldita perseverante. Não fosse o rápido flash de imagens da Marimoon ele seria nota 10.

Só lembrando que essa minha geração nem de longe é tão bacana quanto o vídeo faz parecer, na verdade quase todo mundo me parece extremamente doente nesse mundão de merda, seja velho ou novo, dessa ou daquela geração.


[Them Crooked Vultures - "Bandoliers"]

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Leave it Alone


BzzzzzzzzzzzzzzzzzzZZZZZzz em breve.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Fundo Myspace LxRx!

Saiu o filhote! Depois de tanto tempo tocando em bandas esse é o primeiro CD Full Length que eu gravo. Tô felizxx!!

http://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2010/11/07/trio-punk-paulistano-lomba-raivosa-disponibiliza-primeiro-disco/#comment-4881

E agora um fundo de myspace porque tá dando pau no flickr vou tentar puxar o link daqui, hihi.

domingo, 7 de novembro de 2010

Ritalina Biafra



Olha só que sensacional o dia de ontem. Foi a primeira vez que vi o Jello Biafra e a primeira vez que tomei Ritalina. Vamos dividir as coisas por partes, porque ambas foram muy legais.

O Show do Jello Biafra and GSM foi do caralho, fiquei feliz dele ter tocado mais músicas da banda nova do que focar em covers do Kennedys. Os caras tocaram até 2 músicas inéditas que sairão só ano que vem num EP e isso é bem legal porque mostra que a pegada deles é verdadeira mesmo, tão ali tocando com vontade as músicas que fizeram e não só vivendo do passado. Tocaram poucas músicas do Dead Kennedys, "Too Drunk To Fuck", "Police Truck", "Holiday in Cambodia" e "California Uber Alles".



A banda que acompanha o Jello, Guantanamo School of Medicine, é monstruosa mesmo. Instrumental de primeira, com duas guitarras insanas e senti muito da pegada dos Stooges, principalmente nos 2 sons novos. Eu conhecia o primeiro (e único até agora) CD deles então me diverti. Muita gente tava meio perdida nas músicas dessa nova banda do Jello, mas a performance dele é de foder, hipnotiza geral e faz todo mundo prestar atenção mesmo sem conhecer a música. Ele deu 3 stage dives, tirou camiseta e se molhou com o próprio suor ao torcê-la, fez altos discursos (vários deles foram interessantes, como um sobre o sistema carcerário outro sobre religião) e mostrou que a essência do Punk é aquilo ali, banda com vontade e frontman empolgado na maldade. Obrigado pela aula, malandro!



Agora, sobre a Ritalina... só tenho a dizer que ela foi muito mais forte do que eu esperava, tomei 2 comprimidos, junto com um bocado de cerveja e quando vi meu coração tava batendo igual bateria do NOFX mas muitas vezes fora do compasso. Uns amigos tomaram 1 comprimido só e ficaram bem melhores que eu, então talvez eu tente assim algum dia. Porque teve horas que realmente achei que iria embolotar, tenho esse problema com coisas que me aceleram, fica ruim de respirar, fico claustrofóbico, acho que vou morrê.

Mas vale a pena provar, quando bate a primeira brisa lembra muito anfetamina e depois de umas boas horas rola até uma calmaria. Yo indico!


[Os Pedrero - "Rock Falido"]

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Teste...

"Puta Pegueira, Cacete!" by lombaraivosa

MIC CHECK, MIC CHECK!
Já já o chicote estala...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Love is control



Love is control
I'll die if I let go
Love is control
I'll die if I let go

Love is control
I'll die if I let go
Let it go

Kill Kill Kill
Kill Kill
Kill

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Problemático


Olha só pra minha cara
Tanto potencial no lixo
Você pode achar que a culpa é minha
Eu posso achar que a culpa é sua?
Isso não muda nada e nada muda isso

Já acordo querendo dormir
E você diz que a culpa é minha
A imagem que eu passo não favorece
O que você esperava de alguém assim?

Por mim já tanto faz,
Conto as horas pra ir embora
Somos todos iguais no final
Mas hoje tô realmente me sentindo mal
Você nunca vai entender

Nem tudo que brilha é ouro
E aqui vamos nós de novo
Com essa cara escrota me sinto apático
Me sinto estático, problemático
Preso na cidade de plástico

Eu preciso fugir,
Eu preciso fugir,
Eu preciso fugir,
Eu não quero explodir.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Clams have feelings too


Mais uma banda pra lista das que quase vi... Dinosaur Jr. =/

Porra, fiquei chateado. Cheguei até que cedo pro show gratuito deles na consolação, mas fui comprar cervejas, quando voltei já tinham tocado as 5 músicas, fiquei lá com aquela cara bonita. Falta de informação dá nisso, ninguém sabia nada de como seria o show. Mas tudo bem, ontem foi uma volta aos 16 anos, tinha esquecido como era bom beber na rua à tarde, voltar pra casa e dormir cedo com tudo rodando.

Vou dizer que foi até melhor, nem ressaca tive. Eu realmente preciso ganhar grana fácil pra viver assim. O que eu quero é tão simples, tão simples...

[NOFX - "Olympia, WA"]

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Teenage Guide to Popularity


Three important rules for breaking up
Don't put off breaking up when you know you want to
Prolonging the situation only makes it worse
Tell him honestly, simply, kindly, but firmly

Don't make a big production
Don't make up an elaborate story
This will help you avoid a big tear jerking scene
If you wanna date other people say so

Be prepared for the boy to feel hurt and rejected
Even if you've gone together for only a short time,
And haven't been too serious,
There's still a feeling of rejection

When someone says she prefers the company of others
To your exclusive company,
But if you're honest, and direct,

And avoid making a flowery emotional speech when you brake the news,
The boy will respect you for your frankness,
And honestly he'll appreciate the kind of straight forward manner
In which you told him your decision
Unless he's a real jerk or a cry baby you will remain friends

I'm head of the class
'm popular
I'm a quarter back
I'm popular

My mom says I'm a catch
I'm popular
I'm never last picked
I got a cheerleader chick

Being attractive is the most important thing there is
If you wanna catch the biggest fish in your pond
You have to be as attractive as possible
Make sure to keep your hair spotless and clean

Wash it at least every two weeks
Once every two weeks
And if you see Johnny football hero in the hall
Tell him he played a great game
Tell him you like his article in the newspaper

I'm the party star
I'm popular
I've got my own car
I'm popular

I'll never get caught
I'm popular
I make football bets
I'm a teachers pet.

I purpose we support a one month limit on going steady
I think It will keep people more able to deal with weird situation
And get to know more people

I think if you're ready to go out with Johnny
Now's the time to tell him about your one month limit
He wont mind he'll appreciate your fresh look on dating
And once you've dated someone else you can date him again

I'm sure he'll like it
Everyone will appreciate it
You so novel what a good idea
You can keep you time to yourself

You don't need date insurance
You can go out with whoever you want to
Every boy, every boy, in the whole world could be yours
If you'll just listen to my plan

THE TEENAGE GUIDE TO POPULARITY

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Tora Tora!



Hoje comprei este cramunhão aí de cima. Olhando assim você pode achá-lo nada mais que uma inofensiva lata amarelada de sardinha. Porém, essa lata de sardinha será responsável por isso aqui, saca só:



Em 5 dias deve estar em mãos, ai ai, ui ui!

[Raimundos - "Tora Tora"]

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Peggy Sue


Opa, tenho 25 anos e aqui estou eu, votando na minha própria banda pra tentar abrir show do Green Day. Que vida!

[Blink 182 - "Peggy Sue"]

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Shut Up

Não foi ontem que vi Raimundos, deram um cano colossal na galera. Os roadies estavam lá, passaram o som, puta som de guitarra aliás. Daí falaram que eles estavam no hotel e não iriam tocar porque o público era muito pouco. E era mesmo, não tinha nem 100 pessoas lá.

Decadência, lembra?

Agora só me sobra a ressaca forte e isso aqui:

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A única que não me cansa é a Maria Tonteira


Nem eu boto fé que nunca vi um show do Raimundos. Tá certo, eles estão decadentes, o Marquim não tem pegada nenhuma pra tocar nessa banda e tá na cara que é tudo um caça-níquel gigante... mas, porém, contudo, entretanto, é o que tem pra hoje.

Então, foda-se.

Another night and here i go again.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

I'll feel nothing at all



We made a deal in the car
You stay angry, I'll feel nothing at all
And you gave me your heart
And I buried my heart

I´ll never trust myself
I´ll never trust myself again

I got one foot in the van
And I don't expect you
To wear a flower in your hair
I got my bags in the van

And I don't expect you
To wear a flower in your hair
We made a deal in the car
You stay angry
I´ll feel nothing at all

And you gave me
Your heart
And I buried
And I buried my heart
And I buried my heart

I´ll never trust myself
I´ll never trust myself again
We made a deal in the car
You stay angry
I´ll feel nothing at all

And you gave me
Your heart
And I buried
And I buried my heart
And I buried my heart

I drank the wine
And I threw away the rose
Threw away the rose
Im leaving for good
My bags are in the van

And I don't expect
A kiss goodbye
A kiss goodbye
We made a deal in the car
You stay angry

I´ll feel nothing at all
And I buried
And I buried my heart

terça-feira, 14 de setembro de 2010

25 - same shit



Queria escrever só sobre as coisas boas desse aniversário, mas coisas boas nunca me motivaram a escrever de modo sincero, entao foda-se. A comemoração em si foi insana, um dos melhores 11 de setembro que já tive, agradeci e agradeço aos amigos presentes. Bem melhor que o famoso de 2001 quando quase ninguém se lembrou do meu aniversário.

Estranho é enxergar o tanto de coisa estagnada, parada no tempo já há tanto...tempo. O que me irrita é reparar quase sempre a mesma situação, que é quando fazem o que eu não faria, no sentido negativo.

Veja bem, ela deu "bye bye" e "be happy" e eu ainda tentei contornar pra não amargar. Vê se pode. Fosse 1 ano atrás eu teria mandado se foder. Será mesmo? Será que tentar ser legal e bonzinho leva a algum lugar ou o lance é ser sincero e odiado?

Eu não sei, o que sei é que preciso enrolar 1 mês pelo mês, só pelo lado político.

Também não entendo qual o problema que gerou isso tudo, de verdade. Mulheres não são mais complicadas do que caras, mas como nunca fiquei com um cara, não sei como funciona. Só estou cada vez mais desacreditado na amizade com sexo, sempre, isso é fato, acontece algo pra complicar. Eu não consigo mais me envolver, não no sentido mais apurado, então já dá pra entender o que acontece.

Só quero me divertir e trepar, qual o problema? Se é pra ser chamado de canalha então que seja, já não ligo nem pra mim mesmo, vou ligar pra isso?

No aniversário foi fartura, 3 garotas, a boca está ardendo até agora. Não me orgulho disso, problema meu. Mas e o vazio? Ele perdura, só porque não acho ninguém que queira brincar do jeito que eu quero.

Mas foda-se, eu sou o dono da bola, eu escolhi ser assim.

domingo, 15 de agosto de 2010

Mais um quarto


Mais uma noite.
Mais uma garota.
Mais um quarto.
Eu não sei quem sou.
Mas tá tudo certo.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Love is Suicide


Tem vezes que esqueço o que eu sou, coisa e tal, mas hoje deu pra entender um pouco melhor. Eu tenho os mesmos problemas dos últimos anos e talvez realmente aquilo tenha sido uma coisa única, não é nem questão de comparação, é questão de encarar que talvez seja só isso mesmo.

Não dá pra forçar uma coisa que não existe, é o clichê da vez, uau.

Ontem comprei ingresso pra ver os Smashing Pumpkins, na verdade o Billy Corgan, já que é o único que restou da formação original. Torço pra ser foda, gosto de muitas coisas deles. Ah, isso aqui é de foder a cabeça, seja lá quem for que esteja lendo isso aqui há de concordar:




E também conheci essa banda(The Murder City Devils) que pelo menos nessa música causou uma identificação monstro, daquelas que até arrepia um bocadinho por conta da letra:




Eu vou seguindo, vou quicando mais do que rolando, mas eu sigo!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

I met her at the rat



I'm really goo-goo over you,
I'm mentally retarded too
I lost my brain, and I don't know where
Somewhere down in Kenmore square

Look mom and dad, I think this one's OK
She's a punk rocker, hey what can I say
So let's get moving, the girls, so groovy
Oh yeah, she really knows where it's at


I met her at the Rat


She cheers me up when I'm feeling blue
Looks for me and does my laundry
And here I am kissing those lips
Here I am pumping those hips

Look mom and dad, I think this one's OK
She's a punk rocker, hey what can I say
So let's get moving, the girls, so groovy
Oh yeah, she really knows where it's at


I met her at the Rat



É incrível o que um bar sujo pode te reservar. Nunca duvide de nada, eis a lição. Mesmo demorando anos, é tanta coisa que pode acontecer...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Here we go



Lembro quando era criança e um dia falei pra minha mãe que gostaria de viver numa ilha só comendo frutas, já que odiava verduras e a maioria dos legumes e nunca fiz tanta questão de carne. Sempre lembro disso, estava almoçando na casa da minha avó e ela faz uma das melhores comidas e bife acebolado que eu já provei.

Nunca levei muito a sério nenhuma tentativa de virar vegetariano ou algo parecido, mas agora estou realmente empenhado em mudar bastante coisa.

Hoje fui pego de surpresa por uns textos do blog TecnoBrocolis que me fizeram pensar seriamente a respeito. Pela internet descobri que existe mesmo uma galera que só se alimenta de frutas, os frutarianos, e parece ser bem bacana. Na verdade eu já tinha conversado doidão de bala com o Ricardo (cara que escreve no TecnoBrocolis) sobre a possibilidade de uma dieta à base de frutas e alguns legumes, ele disse que era totalmente possível e me explicou bastante coisa.

Taí uma coisa bacana que vou aderir, não 100%, mas já deve ajudar um bocado.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Safer Here



Hoje foi o dia que ganhei o primeiro aumento que eu mesmo tive a coragem de pedir. Não fiquei rico mas com certeza vai ajudar a dar uma acalmada em alguns pensamentos, apesar de sempre ter algo pra cutucar, isso é eterno pelo que eu entendi.

Até que aquele adesivo faz mesmo sentido:
"Os problemas nunca acabam, só mudam de tamanho"

Bom, tenho coisas médicas pra resolver ainda, mas já estou feliz de ter resolvido alguma coisa. É engraçado isso na vida adulta, tem certas coisas que são meio ritos de passagem, tipo fazer tatuagem e essa de pedir aumento agora. Pelo menos eu vejo assim.

Hoje também é aniversário do meu pai, comprei 1 lambrusco e um outro vinho maluco que seilá qual é, pedi ajuda pra vendedora. Não me dou muito bem com meu pai nos últimos anos, sou tudo que ele não queria que eu fosse, mas tudo bem. Um dia ele enxerga, ou eu, ou ninguém.

Tenho essa mania de achar que as pessoas um dia vão pensar e enxergar coisas, sendo que ninguém nunca muda, pensa e enxerga nada.

E eu odeio esse joguinho do "eu não sinto nada". Mas tá limpo, mais bagagem pra ir aprendendo.


[The Muffs - "I´m Confused"]

quinta-feira, 22 de julho de 2010

All Things Ordinary



I've seen those eyes. I've watched them close at night.
And you breathe in and you breathe out again.
Sister's coming over and I'm afraid to tell her secrets that I know.
Painting without colors, it tends to make it better, it bleaches out the world.

Full from the dinner, but feeling somewhat thinner,
aching in the chest.
Kids behind the windows, calling out the answers
to questions never asked.

Was it the end - the end that kept you up till the morning?
Was it the boy - the boy who stole your heart?
The summer goes on and then dies quick without much warning.
All things ordinary.
Will you stay near me now?
Don't leave this town until we've figured out.
Between the two of us, we're strong enough,
I feel that in your touch.

I've seen those eyes. I've watched them close at night.
And what queen comes in? Always goes out again.

Will you stay near me now?
Don't leave this town until we've figured out.
Between the two of us, we're strong enough,
I feel that in your touch.

Bagunça



É tanta coisa pra resolver, tem muita confusão.

Eu me sinto meio mal as vezes pela falta de reconhecimento. Não, não é meio mal, é completamente mal. Tá, daí você diz "Vai lá e fala, cara". Vou acabar fazendo isso, mas no meu mundo ideal não deveria ser assim. Essa de mundo ideal é utopia demais, eu já tô sabendo faz tempo.

Sem dramatizar muito, tem coisas boas também, muito boas. A merda é que quando algo me incomoda, ela me incomoda até corroer, acho que deve ser assim com mais gente. Eu pretendo resolver, só queria ser mais forte e fodidão pra certas coisas. Mas vou me virar com o que eu tenho, esse merdinha frágil que eu sou.

Pelo menos estou planejando coisas, tentando reverter a situação a meu favor muito em breve. Acho que isso é um bom começo, planejar, pelo menos. Também acho que uso muitas vírgulas ultimamente e tudo que escrevo não passa de "twitts" aglomerados, maldito seja.

Sei que muito disso não vai passar pra sempre, mas tá na hora de melhorar, de verdade. Essa metade do ano precisa ser diferente e cheia de verdadeiras conquistas, porque me sinto encostado e rolando no ritmo que a vida me joga já tem um tempo e isso finalmente começa a incomodar.

É tudo tão pessoal, tudo tão meu, que enche o saco. Eu, eu, eu, meu, meu, meu.

Mas tá certo, tá 50/50, vamos ver no que dá.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Hearts Collide



Love conquers every time when two hearts come to collide.
You're the card in my valentine and the candy hearts in my mind.

And true love is the rule, and you're nobody's fool.
The ship's coming to the light and it was love at first sight.

Baby, baby, you're the light and the flame burns in my mind's eye.
When triumph bleeds into bliss, and I knew it from the first kiss.

Tonight, hearts collide. Hearts collide. Hearts collide.

When triumph bleeds into bliss, and I knew it from the first kiss.
Tonight, hearts collide. Hearts collide. Hearts collide.
Tonight, hearts collide. Hearts collide. Hearts collide.
Tonight, hearts collide. Hearts collide. Hearts collide.
Tonight, hearts collide. Hearts collide. Hearts collide.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Keep the faith, baby


Já passou 1 semana desde o show mais surreal que fiz na vida. Demorei muito pra escrever qualquer coisa sobre ele porque, de verdade, estava tentando processar toda as informações. É o tipo de coisa que chacoalha muito a mente e te tira do ar. Mas aqui estou, tentando registrar com algumas palavras o que me aconteceu na última 5a e 6a feira. É uma coisa meio complicada escrever sobre isso, porque posso acabar soando baba-ovo, mala ou até mesmo frio demais. Mas foda-se, vamos lá, no bom e velho esquema do "Meu querido diário".


No carnaval desse ano me instalei por uns bons dias na casa do Fernando Hound, com mais uma galera retardada sedenta por líquidos alcóolicos e outras traquinagens. Em um dos dias acompanhei o Fernando até a casa do Márcio (Webrockers) pra buscar flyers do show da terrível banda Anberlin (o Fernando faz um trampo de divulga pra Webrockers).



Chegamos lá, papo vai, papo vem, o Márcio soltou que estava acertando de trazer Richie Ramone e o irmão do Joey Ramone, Mickey Leigh, para fazerem shows no Brasil. Nós já ficamos bem empolgados com a notícia, daí ele perguntou se a gente conhecia alguem que tocasse baixo e guitarra pra acompanhar os dois, obviamente dissemos que nós faríamos, ele disse que tudo bem então. Demos risada não levando aquilo muito a sério e ficou por isso.



Nunca achei que isso fosse dar em nada, entenda, achei mesmo que ele traria os dois mas não pensei que fosse botar fé em mim, por mal me conhecer. Passaram-se uns meses e aí o Fernando me ligou histérico, dizendo que ia rolar o show e nós dois realmente tocaríamos, ahhh, íamos tocar em São Paulo e no Rio de Janeiro(que acabaria sendo cancelado). Eu só lembro que parei tudo que estava fazendo no trabalho, olhei pela janela e pensei: Puta que o pariu!!! Foi uma sensação daquelas complicadas de descrever com adjetivos, muito menos com adjetivos românticos.



Passou um tempo e logo recebemos um e-mail com o setlist. Era uma sequência bacana, com alguns lados-B, músicas que os Ramones raramente tocavam e músicas que a gente nunca tinha tocado antes, mesmo sendo fãs de Ramones há tempos. Esse primeiro setlist acabou sendo diferente do que foi tocado no show, era o seguinte:

1. Somebody Put Something In My Drink
2. Blitzkrieg Bop
3. I Just Wanna Have Something To Do
4. Beat On The Brat
5. Something To Believe In
6. Bonzo Goes To Bitburgh
7. Life's A Gas
8. What a Wonderful World
9. Sheena Is A Punk Rocker
10. She's The One
11. Danny Says
12. Rockaway Beach
13. I Remember You
14. I Want You Around
15. I Wanna Be Sedated

Assim que recebemos o set começamos a ensaiar feito loucos. Cada um na sua casa, depois nos encontramos várias vezes para passar as músicas juntos, ouvir os detalhes, procurar versões ao vivo pra ver o que funcionava melhor. Realmente fizemos toda a lição de casa.



Aí recebemos um segundo setlist, já com algumas alterações em tons de duas músicas e outras duas novidades bem legais. O Richie Ramone disse que iria cantar 3 músicas, uma delas eu jamais tinha ouvido antes (pode me crucificar e dizer que não sou fã de Ramones o bastante), era a "Can´t Say Aything Nice", música que ele compôs(a letra é provavelmente para o Johnny) e é raríssima de encontrar.


Enquanto Richie assumisse os vocais alguém teria que tocar bateria, então foi feita a alegria de mais um amigo meu, Ítalo foi o sortudo da vez! A outra novidade foda foi que eles queriam que a "banda de apoio" abrisse o show com Blitzkrieg Bop. Sim, nós três, bastardos latino-americanos teríamos que segurar a bronca antes dos caras famosos pisarem no palco. Depois Richie cantaria 3 músicas e então assumiria a bateria para a entrada do Mickey Leigh. Loucura, loucura!

O setlist alterado, tocado no show, foi esse(direto do e-mail enviado pelo Richie):

1. Blitzkrieg Bop (cover band)
2. Gonna Kill That Girl (Richie singing)
3. You Cant Say Anything Nice (Richie)
4. Somebody Put Something In My Drink (Richie singing- then Richie goes to drums)
5. Something To Believe In (Mickey on guitar for this song + singing from here on) Change key to G ***
6. I Want You Around
7. I Just Wanna Have Something To Do
8. Bonzo Goes To Bitburgh - Change Key to E ***
9. Rock & Roll High School
10. Rockaway Beach
11. Life's A Gas
12. Danny Says
13. Sheena Is A Punk Rocker

(end set)

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Encore
14. I Wanna be Sedated
15. What A Wonderful World


Fizemos mais alguns ensaios com o Ítalo na bateria, o tempo passou rápido demais e quando vi já era a semana do show. Foi uma semana muito estranha, expectativa monstruosa e uma ansiedade sem igual. Tentei me controlar, livrar um pouco o pensamento e até que funcionou, mas na quinta-feira de manhã não teve jeito, acordei parecendo criança que vai pro Playcenter pela primeira vez. Fui trabalhar só de corpo e fiquei 8 horas viajando e pensando que ia encontrar e tocar com esses caras, que simplesmente conheceram e fizeram parte de uma galera que ferrou toda minha vida. No bom e no mau sentido.



Saí do trabalho completamente elétrico, era até ridículo me ver. Encontrei o Fernando e fomos pro estúdio Nimbus encontrar os caras e fazer o único ensaio antes do show. Conheci uns amigos de trabalho do Fernando que estavam no carro e iam filmar algumas músicas do ensaio e também filmar uma entrevista que iam fazer com Richie e Mickey. Chegamos no Nimbus e começamos a descarregar as coisas, muito legal entrar naquela sala gigantesca, com equipamentos fodidos e ficar na expectativa do ensaio.



A ansiedade estava irritantemente forte, afinamos tudo, passamos o som da guitarra e do baixo e eu simplesmente não conseguia relaxar. Daí chegou o Ítalo e ficamos lá, tentando conversar como se não fosse nada demais aquela situação, mas não dava pra enganar ninguém, a gente estava nervoso demais.

Richie e Mickey já estavam meia hora atrasados, nisso Ítalo e Fernando saíram do estúdio pra comprar cervejas, eu ainda estava lá dentro e ouvi um "Hey! Hello, man!" vindo do corredor. Aí fodeu, os caras tinham chegado. Logo vi o Richie entrando, com uma cara de cansado, me cumprimentou rápido com um "Hey man!" e atrás dele vinha sua namorada ou seilá o quê, que mal olhou na minha cara. Saí do estúdio e vi o Mickey Leigh conversando com o Ítalo e Fernando, me aproximei pra cumprimentar e aí a surpresa, o cara lembra demais o Joey Ramone. No jeito de falar e no carisma. Falamos algumas coisas rápidas sobre o setlist e ele nos acompanhou pra buscar as cervejas no bar do estúdio.



Fizemos um brinde, continuamos conversando algumas coisas, ele disse estar bem cansado da viagem, 16 horas de vôo com escalas. Realmente aparentava estar cansadão, tanto ele quanto Richie. Aliás, uma observação, eles são duas das maiores pessoas que eu já vi. Tenho míseros 1,69m, me senti um anão e isso até rendeu piada...logo mais conto. O legal de conversar com Mickey Leigh foi que nós ficamos num papo tranquilo, falando coisas "normais", dando risadas, ninguém nem tocou no assunto Ramones diretamente, nem ficou bajulando o cara ou algo chato assim. Foi natural pra caralho e por isso tão legal.

A única coisa da conversa que passou pelo Ramones foi o fato do Mickey comentar que até o fim do ano deve sair o novo CD solo do Joey Ramone, que ele conseguiu resolver uns problemas com direitos das músicas e já tem tudo pronto pra lançar, segundo ele é BEM melhor que o primeiro. Eu já gosto bastante do primeiro trabalho solo do Joey, então fiquei curioso pra ver o que vem aí. Mickey disse que ia levar umas prévias das músicas pra gente ouvir antes do show, o que infelizmente não rolou.


Voltamos pro estúdio e estávamos prontos pra começar a tocar. Richie pareceu ter estranhado ter 3 "moleques" pra tocar com ele, acho que não botou muita fé na gente por estar acostumado a ter músicos de apoio bem mais velhos, pelo que assisti dos shows recentes que eles fizeram. Até perguntou: "You guys know all the songs?" pergunta respondida com um "Yeah man, we play almost all of them for the past 10 years."

Richie quis começar o ensaio com as músicas em que ele cantasse, então assim foi. Ítalo foi pra bateria e começamos a passar os 3 primeiros sons, rolou legal mas todo mundo ainda estava bastante nervoso e travado, depois o clima melhorou bastante, com umas piadas e Heinekens. Richie quis mudar algumas partes dos finais das músicas e uns outros detalhes, mas a gente acompanhou bem as novas idéias.


Então Mickey Leigh assumiu os vocais e Richie foi pra bateria. Continuamos a tocar, seguindo a ordem das músicas do show, e aí foi quando eu relaxei e comecei a curtir de verdade aquela situação. Tocar baixo seguindo a bateria do Richie foi uma coisa muito louca, todos os bumbos casavam certinho com a palhetada frenética, o chimbau era incrível, parecia que eu estava acompanhando a música tocada direto do CD. É realmente muito escancarado o profissionalismo do cara, mesmo cansado. Só senti falta dele fazer uns backing vocals, porque ele arregaçava antes.


Tivemos alguns problemas em partes das músicas que Richie ou Mickey Leigh não lembravam direito, mas nada exagerado. Foi engraçado o Fernando ajudando Mickey a lembrar a sequência da letra de "I wanna be Sedated", Richie até brincou dizendo "They learned english with the Ramones". Mickey se enrolou um pouco com a guitarra (ele tocou guitarra em 3 músicas), mas depois também acertou a mão e ficou tudo certinho.



Uma hora eu estava tocando, parei pra reparar naquela situação toda, o irmão do Ramone mais legal (pra mim) cantando do meu lado, conversando comigo, pedindo desculpas por errar...porra, pedir desculpa pra mim bicho? Muito foda ver o nível de humildade do cara. E bem na minha frente estava um cara que fez parte do Ramones por 5 anos, tocando tão bem quanto na época em que fazia turnê com os caras...ele estava ali, se empolgando, falando pra eu cantar junto com o Mickey numas partes, porra! Era um sonho, e ainda nem estávamos no palco.

Teve esse momento legal, durante a "Danny Says", Richie disse pra eu fazer o riffzinho no baixo quando a música acabasse, que ficava legal. Saca a alegria do meninão quando ele escuta eu fazendo o riff bem no finzinho. Pena que ao vivo esqueci totalmente disso:



O ensaio foi foda, tocamos tudo pelo menos 1 vez e apesar de umas engasgadas aqui e ali a gente saiu bem tranquilo. Rolou uma última conversa com o Mickey(que até me passou o número do celular dele, tô leiloando!) e ele seguiu direto pro hotel, pois tinha que dormir, tava pregadão. O Richie ainda ia discotecar no Clube Vegas, então a gente decidiu rumar pra lá também. Nos despedimos dos caras e fomos deixar os instrumentos na casa do Fernando pra depois seguir pra discotecagem.


Chegamos no Vegas e tinham vários fãs de Ramones esperando pra entrar, galera com muita coisa pra ser autografada, enfim, o normal que acontece sempre que alguém de banda gringa famosa aparece pra discotecar. Entramos e eu já tava morrendo de cansaço, tinha passado a semana toda dormindo mal por causa da ansiedade pro show, e queria ficar zerado pra tocar e curtir legal no outro dia.

Acabamos não ficando muito tempo na balada, ouvimos umas versões sinistras de Ramones que o Richie soltou, umas versões Death Metal, absurdo de agressivo, muito doido. Quando acabou a discotecagem dele, que foi bem curta, a gente foi embora. Dormimos muito e no outro dia fomos pra galeria do rock, eu queria fazer a camiseta da Lomba Raivosa!(minha banda) e também uma que fiz especialmente pra esse show, com o símbolo clássico dos Ramones e os "nomes" Mickey, Richie, Passa-Mal e Fe Hound. Teve até um cara do Sul que viu a camiseta e veio falar comigo, que queria comprar e que ia no show. Muy Loco!



Achei que esse dia ia ser tranquilo, mas foi correria do começo ao fim. Na galeria deu tudo certo, as duas camisetas ficaram prontas em tempo, até comprei um "Too Tough to Die" na versão remasterizada pra dar algo legal pros caras autografarem. De lá fomos voando pra passagem de som na Clash, onde ia acontecer o show.

Chegamos e o Richie já estava passando o som da bateria, ele ainda estava meio sem dormir porque, nas palavras dele mesmo: "I stood up untill 6 in the morning, drinking champagne, I got so drunk man". Daí passamos o som com ele e o Ítalo, tudo com um som absurdo, a estrutura da Clash é fenomenal. Foi nessa hora que o Richie aloprou minha estatura diminuta, olhando pra altura do meu pedestal de microfone ele falou: "Is this for a kid or what?". Mickey Leigh não apareceu pra passar o som, ficou desmaiado no hotel se recuperando pra noite insana.

Terminada a passagem de som Richie voltou pro hotel, pra descansar um pouco antes do show, ainda era 5 da tarde, o show só ia começar por volta das 9 e meia da noite. Lá se foi o gigantesco baterista ramônico, enquanto nós ficamos ajeitando as últimas coisas e tentando preparar a mente pro show. Tem esse belo vídeo da gente logo após a passagem de som:



Ah sim, a Ramona(Vivi) também estava por lá, dentro da Clash aliás, ganhou até camiseta do Richie! Ela tem uma banda cover de Ramones(chamada RAMONA) e é amiga minha tem um tempinho, desde quando filmei esse clipe com minha antiga banda, The Razorblades:



Saímos da Clash e fomos pro bar mais próximo comer alguma coisa e tomar umas leves cervejas só pra relaxar mesmo, porque eu não queria ficar nem um pouco bêbado essa noite, queria lembrar de tudo. Encontramos uns amigos e logo foi chegando a hora de voltar pra Clash e eu vi que já tinha um pessoal considerável ali perto, comecei a ficar tenso e ao mesmo tempo na fúria de tocar.



Foi tudo muito rápido daí pra frente, entrei na Clash e logo a banda Tio Bob(conheço os caras desde 2001) começou o show de abertura. Não lembro muito do show deles, eu já estava em outro plano, não conseguia conversar direito com ninguém. Me enfiei num buraco atrás do palco que achei ser o camarim, fiquei lá com o Fernando, Ítalo e Danilove, trocando idéias, tentando ficar numa boa, com o baixo no ombro, tocando algumas músicas pra aquecer e tentar relaxar.



Daí veio a notícia que os caras estavam no camarim "de verdade", que ficava na parte superior da Clash e queriam que a gente fosse lá passar um tempo com eles. Obviamente fomos e foi foda. Chegamos lá e vimos um Mickey Leigh bem menos cansado e cheio de energia, ele já veio abraçando a gente como se fôssemos amigos de uns 5 anos. Foda demais. Conversamos bastante com ele, um pouco com o Richie (que sempre ficava mais calado quando a mina dele estava por perto) e ficamos ali esperando o sinal pra descer e começar o som.

Avisaram que era a hora de descer do camarim e começar o show. Sabe, descer as escadas junto desses caras e de dois amigos meus, com seguranças abrindo caminho foi uma parada muito surreal. Nem parecia que eu estava ali na verdade, foi bizarro. Quando vi já estávamos no palco: Eu, Fernando e Ítalo. Puxamos "1,2,3,4!" e mandamos a Blitzkrieg Bop, na nossa humilde versão que deve ter deixado muita gente pensando o que diabos a gente tava fazendo ali? Cadê o Richie? Cadê o Mickey Leigh?


Assim que terminamos a música Richie veio pra frente do palco e a casa veio a baixo junto. Sensação muito foda a de estar num palco com tanta gente berrando de um jeito ensurdecedor bem na sua frente. Nunca tinha vivido isso, é incrível mesmo.


Os três primeiros sons com o Richie foram bem legais, rolaram uns errinhos aqui e ali pelas mudanças que não tinham sido muito bem ensaiadas (como a participação da Ramona cantando junto), mas nada demais. Na real eu vejo esse show inteiro como uma Jam Session gigante, a parada foi Rock ´n Roll mesmo. Sem muito ensaio, sem ter 100% de certeza de algumas coisas, foi tudo na raça e no sentimento. Pra mim é o melhor jeito.


Eu já estava feliz pra caralho e bem aliviado da tensão depois da terceira música, também tinha começado a cozinhar dentro do calor da jaqueta de couro. Aí foi a hora do Ítalo liberar a bateria pro Richie e Mickey Leigh assumir a guitarra e voz principal do show. Ele entrou arrepiando assim:



Daí pra frente foi tudo cada vez mais e mais divertido, nervosismo foi inteiro embora, público tava cantando junto o tempo todo, eu via vários amigos na platéia, foi foda a sensação. Não vou pagar de machão, umas 3 vezes pelo menos eu tive que engolir seco durante o show, aconteceu em "Life´s a Gas", "Dannys Says" e "What a Wonderful World", deu nó na garganta de verdade.

Veja a briga por baqueta no final da "What a Wonderful World":


A última lembrança que tenho do show foi quando juntei com o Fernando e colamos no Richie para dar a última nota do show, foi foda, foi demais, foi filha da putice extrema. Saímos do palco direto pro camarim pra, aí sim, beber como se não houvesse amanhã e finalmente relaxar de verdade.

Vídeo grande do show ( "I want you around" inclusa):


Cheguei no camarim antes dos caras, e lá tinha um pessoal estranho, gente gay, gente do Uol, gente de marca de roupa, gente cheiradora, e os 2 caras lá no meio. Foi nessas que ouvi a coisa mais legal da minha vida, sinceramente. O Richie vira pra mim e fala: "Hey man, that was a nice show. You know, you remember me a lot of Dee Dee". A mina dele já logo emendou um "Yeah, we were talking about it yesterday night after the rehearsal, you were really nice".



Nenhum ser humano que gosta e toca Punk Rock foi preparado pra ouvir uma frase dessas, eu fiz o que qualquer um faria: fiquei sem saber o que responder, disse só um "Geez...thanks..." peguei uma cerveja, conversei rápido com os dois e quando vi que ali ia lotar rapidinho de fãs malucos, peguei uns autógrafos, dei as camisetas de presente, fiz umas últimas piadas e me despedi deles com um abraço.

Foi mais ou menos isso e eu nunca vou esquecer desses dois dias.

Life is a Gas.

terça-feira, 8 de junho de 2010

T-Shirt

Preciso seriamente arrumar um tempo pra escrever aqui, aconteceu muita coisa desde o último post. Já é metade do ano. Faz 1 ano do tal acontecido desgraçado.

E essa deve ser a camiseta hiper comemorativa do show que rolará em 3 dias. 3! Caralho!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

I know


Uau, Placebo. Uau.

Engraçado, da última vez que vi o show deles, em 2007, fui acompanhado de 2 amigos que basicamente nem são mais meus amigos. Eu jamais esperaria isso naquela época, foi um tempo pesado, eu ainda pensava muito na minha ex-namorada, tudo estava meio nebuloso. E também era o começo das loucuras, da idéia de uma banda, e tudo isso...bom, tudo isso rendeu muita coisa. Mas essas duas amizades caíram por terra.

Não posso dizer que dessa vez o show tenha sido menos interesante, longe disso. Fui acompanhado de alguém que jamais imaginaria possível nos últimos meses. Incrível como as mesas viram o tempo todo. Mesmo. E foi tudo muito bom, apesar de ter ficado extremamente claro pra mim qual é o meu papel nessa relação. Engraçado como meses fazem você mudar totalmente de sentimento sobre alguém. As vezes você pensa que quer alguma coisa, só pra descobrir que na verdade era um desejo sem muita explicação e que na prática isso não faz mais o menor sentido pra você. Mas também vê um outro leque de possibilidades que antes era fechado.

É um pouco confuso, mas os sentimentos são sempre assim. E não teria trilha melhor pra embalar todos esses zigue-zagues da vida, dúvidas, viradas de mesa, do que o Placebo. É uma das bandas mais importantes pra mim nos últimos 3 ou 4 anos, quase toda vez que não estou nos dias mais felizes acabo ouvindo algo deles.

Foi muito intenso o show, as identificações, as lembranças e os arrependimentos. Fiquei o tempo todo totalmente em sintonia com a banda, com as imagens do telão, isso somado ao advento da minha percepção lisérgica. Pulei, gritei, fiquei com muita coisa entalada na garganta também. É uma das melhores bandas que existem no mundo, principalmente ao vivo, sem dúvida alguma.

A volta do show foi incrível, parecia coisa de cinema, embarcando nos últimos vagões, correndo pelas estações, correndo no metrô, correndo pra Augusta. Despirocando mais e mais com amigos despirocados.

Que noite, que vida!


Set List
For What It´s Worth
Ashtray Heart
Battle for the Sun
Sleeping with Ghosts
Speak in Tongues
Follow The Cops Back Home
Every You Every Me
Special Needs
Breathe Underwater
Julien
The Never-Ending Why
Bright Lights
Devil in the Details
Meds
Song to say Goodbye
Special K
Bitter End

Bis
Trigger Happy
Infra-Red
Taste in Men


[Placebo - "Come Home"]

quinta-feira, 15 de abril de 2010

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sick of Me


Ainda com a vida bastante movimentada por esses lados. Após sair fora do The Razorblades, estou focando totalmente na "minha" nova banda insana que leva o nome de "Lomba Raivosa!", ou "LxRx!". Acho que o nome já sinaliza que não nos levamos a sério, o que considero um tesão por si só.

O fato é que compûs algumas músicas e estou com várias idéias de letras, coisa que não vinha acontecendo fazia um tempo. Esse sentimento de criar/compôr é bom demais, faz me sentir vivo. Seja fazendo uma letra com o título de "Garota Gonorréia" ou o cacete que for...o importante é se sentir ativo. Isso é foda mesmo.



Ah, deixei meu baixo pra finalmente ser pintado na cor que eu sempre quis...Branco! Alright! Fiz uma correria nesse último final de semana. Sondei a Teodoro inteira, comprei escudo preto, corda nova e até um cabo super caro que me fez pensar o quanto eu gosto de música mesmo sem nunca ter ganho 1 real com ela. Enfim, vai ficar chuchu beleza.

Esse final de semana foi corrido e maluco como todos os últimos, principalmente no sábado onde fui ver o Fernando Hound fazer sua segunda tatuagem, curti o trampo e me empolguei, resultado? Basicamente agendei a minha pra daqui 2 semanas. Será que agora vai mesmo? Enrolo isso faz tanto tempo. Tô empolgado!



Depois do estúdio rolou uma Augustada insana. Bebi nuns 3 bares diferentes acompanhado dos amigos malandros, tive um papo bastante esclarecedor com o Ressaca e Ítalo. Conheci umas pessoas completamente malucas, fui dançar todo lisérgico dentro do Outs com a Nah, coisa que incrivelmente nunca tínhamos feito. Foda foi voltar domingo as 7 da manhã, morrendo de frio, sono, e ainda meio louco. Mas a alma perdoa, ah perdoa.

Domingo foi bonzinho, almocei com pai, mãe, irmã, vô, vó e cachorro. Morguei a tarde toda e no fim do dia fui pro Hangar ver show do Slot e encontrar a galera bandida de novo. Não bebi nada, me comportei bonitinho e quase ganhei uma estrela na testa.

Só sei que o próximo final de semana também não dará trégua pois tem show do Placebo. Enquanto os machões vão curtir um Social Distortion, lá vou eu com a Nah encarar outra viagem lisérgica embalado ao som dos viadões que tanto gosto.



Fora isso, 08 de Maio tem show de estréia da "Lomba Raivosa!" no Outs. Estou completamente empolgado e cheio de idéias pra esse dia. É tão bom ver a banda toda na mesma sintonia, se divertindo e pensando coisas juntos. Se alguém realmente lê esse blog, eu convido pro show, porque ele será muito doido. Vamos usar várias coisas que não são sonoras, não posso contar o quê, mas tenho certeza que vai ser uma parada legal demais.



Por enquanto é isso, segue a vida frenética.
Vou escrevendo aqui aos poucos, pra ler quando não puder mais sair de casa.


Whisper "are you dying?" in my ear.
[Green Day - "Rotting"]

quarta-feira, 31 de março de 2010

I feel like a Cartoon

Uau, Uau! Desde o último post (1 mês atrás) um número incrível de coisas aconteceu. 2010 tá rendendo mesmo. Vamos por partes, primeira coisa foi o show do NOFX.


Escrevi a resenha desse show para o site "Eu Resenho Shows", então, teoricamente seria só ler o que escrevi nela. Mas faço questão de marcar aqui que esse show foi o mais emocionante de todos que já vi, apesar dos pesares da escolhar do lugar e do calor mortal. Cara, eu fiquei a 1 metro do Fat Mike, que foi um dos responsáveis por moldar minha cabeça e atitudes de 2001 pra cá. Isso é foda sabe? Parece que você conhece o cara, afinal, as letras entregam muita coisa.

E não é só isso, esse papo de idolatrar alguém...que no fim das contas é bobagem, ele come, caga e vai morrer igual todo mundo. O que importa mesmo é onde me pegou em cheio, as lembranças e associações com as músicas. Porra, tem música que eu me lembro de ouvir quando ainda era virgem, música de quando comecei a ir em shows, música da primeira vez que chapei, de quando namorava, de quando estava na fossa pós namoro, tudo ali...condensado em 1 hora e meia de show. É uma aventura emocional fodida, ainda mais com o adicional químico no sangue. Eu estava transbordando sensações, chorava, pulava, berrava, foi insano demais pra cabeça.

Foi a primeira vez também que assisti um show colado na grade desde o começo, e isso me rendeu muita dor, desespero e até pensei que fosse morrer uma hora. Mas, deu tudo quase certo, aguentei por umas 9 músicas e saí morrendo, consegui pegar uma palheta do Melvin, coisa que também nunca tinha feito.

Esse show foi um dos melhores dias da minha vida, sem forçar. Tanto pelo fato de ter tantos amigos em volta quanto ao show ter sido extremamente foda.


Tá, isso era até que de certa forma previsível, o que não era lá tão previsível foi eu deixar a "minha" banda, The Razorblades. No começo de 2007 eu e Cani montamos a banda basicamente pra nos vingar de nossas ex-namoradas, de uma maneira musical digamos assim. De lá pra cá eu só vivi mergulhado nesse universo, shows, ensaios, loucuras, ressacas, drogas, roubadas, tudo isso. Conheci mais de 90% das pessoas que hoje chamo de amigos e saio junto, também fiz muita merda que quase dá um arrependimento. Jamais teria feito nada disso sem a banda. Foi bom pra caralho e eu não queria, nem quero(nem vou), parar tão cedo.

Acontece que infelizmente algumas coisas mudaram, na amizade, coisas que eu até escrevi por aqui só que sem nunca dizer nomes. Isso começou a refletir no feeling da banda, nos ensaios, em tudo. E pra mim não estava mais legal, sabe quando você fica sem saber o que fazer? A coisa é muito mais complexa, eu não sei quem entra aqui nesse blog, então não vou ficar dizendo nada muito explícito porque pode parecer errado. Ou podem me entender errado como já fizeram, por uma maldita frase que eu poderia muito bem não ter falado.

Fato é que não foi legal ter que sair assim, por estar chateado com amizade e desmotivado com a nova direção de som. Mas, melhor assim do que brigando com gente que um dia já se foi amigão, né? Acredito aque sim. Não vale a pena brigar por essas coisas. Fechar essas portas, cuspir no passado.


Amanhã fazem 3 semanas que saí da banda e desde então parece que minha vida deu uma arejada gigante, não sei dizer se alívio é a melhor expressão. Talvez seja pelo fato de eu ter engolido muita coisa nos últimos meses, só pensando em benefício da própria banda, muitas vezes atropelando o que eu mesmo sentia. Mas não sei, me sinto muito bem, empolgado com novas idéias musicais e outras idéias mais gerais, planos pra mim mesmo.

É claro que nem tudo é alegria, nesse meio tempo novamente fui surpreendido pelo reino feminino, com atitudes que horas beiram o medíocre e horas o patético. Mas hey! Eu também sou patético e medíocre, então eu relevo, sempre! Hahaha...é que tem gente que não aprende e isso sempre me deixa pensando.


Também aconteceu o fato incrível de eu me apaixonar, por 5 dias, sem nem ter visto a pessoa ao vivo e a cores. Até que durou algum tempo, uns 5 recados, 3DMs e 1 conversa bêbada de msn, pra ser mais exato. Mas, já se foi. Acho que é hora de aceitar que não vai ser tão cedo, nem tão fácil pra eu gostar de alguém e ser correspondido. É a velha história, eu nunca gosto, quando gosto não dá certo por um motivo X muito bizarro.

Mas hey! Quem disse que eu quero algo? Eu só digo que estou me sentindo menos hostil quando à tudo isso, até porque, sinceramente vai...quem me conhece sabe que eu ando muito bonzinho. Essa história toda dos 22 reais por exemplo, era pra ter virado caso de polícia se fosse no ano passado. Mas, até certo ponto eu me controlo. Até certo ponto.


Eu nunca fui dos mais sóbrios, dos mais normais, nem dos mais fofinhos, então, não se desaponte comigo. Sou um monte de merda mesmo. Tenho interesses claros com algumas pessoas e com outras esses interesses não são tão bem esclarecidos, o que geralmente resulta em problemas. Mas, pelo menos eu assumo tudo isso.

Ultimamente tenho dormido muito bem, porque se tem uma coisa que aprendi a fazer é conversar e assumir que fui um merda quando realmente fui. Eu gosto demais de conversar, comigo mesmo até. Aliás, converso demais comigo e se isso for sinal de doença ou distúrbio alguém me avise, porque a coisa anda realmente forte.

Acho que perdi um pouco o fio do raciocínio pra esse post, mas não há de ser nada.


Em breve vou ao show do PLACEBO e AEROSMITH (Aleluiaaaa!!! A primeira banda que fui fã na vida e perdi em 2007 justamente porque gastei dinheiro indo no Placebo, rá).

Continuo impressionado positivamente com vários amigos relativamente novos ao mesmo tempo que fico extremamente desapontado com alguns antigos, suas encanações e neuroses. Isso é crescer? Que merda! Mas eu me viro...ah, eu me viro.


[Dead Kennedys - "Pull My Strings"]