quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Repeteco Forever


Faz tempo pra caralho que não escrevo aqui, acho que o twitter e facebook acabam servindo como blogs, de certa forma, afinal o twitter era mesmo pra ser um microblog, você desabafa as coisas lá, música, textos curtos, já dá um alívio. Mas eu sinto falta de escrever uma porrada de coisa sem sentido sem limite de caracteres, sou muito viado, já tive até um diário. Não desses de menina, era um bloco de notas onde eu escrevia tudo 100% sem bronca de ninguém ler. Engraçado que eu realmente acho que ninguém lê esse blog aqui, mas ele já me trouxe problemas 1 vez. Vai saber que zóios passam por aqui.


Bom, a última coisa decente que escrevi aqui foi em Outubro de 2011, tem 5 meses já, o tempo realmente tá zoando a missão. Nesse post eu falava sobre mentiras, que todo mundo mente, que quase tudo é interesse e que quem se dá bem é quem mente melhor, seja pra si mesmo ou pros outros. Acho a mesma coisa. De lá pra cá rolaram umas coisas legais, conheci um dos caras mais importantes nesses últimos anos da minha vida miserável, e que logicamente jamais achei que fosse conhecer. Jeff Rosenstock (da banda Bomb the Music Industry!).


Ele veio sozinho tocar em São Paulo e cidades próximas, fui nos 2 shows aqui em SP e troquei idéia demais com ele. Eu tava com medo, aquele medo de conhecer alguém que você se identifica pra caralho através de letras... dizem por aí pra jamais conhecer teus heróis. Nesse caso só melhorou a situação, não rolou pagação de pau nem nada, só disse a real pra ele, que as letras dele me ajudaram pra caralho numa época tensa. Porra, foda-se, ajuda até hoje. A época tensa ainda dura, é foda, talvez dure pra sempre.


Foram muitas conversas legais e ele é um cara que eu prefiro mesmo que more longe, se a gente ficasse amigo tudo ia acabar ramelado. Eu ramelo tudo nessa porra.

Um pouco antes do show do Jeff Rosenstock, rolou o show do Kyuss com o Nick Oliveri no baixo. Parece até piada juntar 2 caras que eu curto tanto em menos de 2 meses. O show em si foi foda demais, aprendi a gostar de Kyuss esse ano, não sei como não gostava antes, é engraçado como tem banda que você só pega gosto depois de um tempo, ou idade ou depois de passar por algumas coisas.


Pra coroar o show foda, eis que tava eu no bar, curtindo a brisa pós-ácido e relaxando, aí começam a sair os caras da banda. Tive um momento tiete e corri pra perto do Oliveri pra tentar tirar foto com meu celular, nunca tinha feito isso antes, foi tosco. Mas foi legal, a foto do meu celular não rolou por falta de bateria, daí saí nessa foto aleatória que alguém tirou.

Essa foi uma parte legal do fim do ano.

Ah, viajei pra Argentina (Buenos Aires) também. Pela 2a vez, mesmo a 1a nao contando por eu ter só 11 anos e ter ido jogar futebol. Dessa vez conheci um pouco melhor, gostei bastante apesar de ter feito tudo meio que na correria (fiquei 1 semana só). Foi uma experiência meio diferente do que imaginei, achei que fosse rolar mais insanidade, mas fica pra uma próxima.

Bom e daí que o ano começou pra valer logo depois dessa viagem. Mudei de trampo também, isso deu uma melhorada na cabeça pelo menos nesse ponto. Porque em todos os outros ela continua na mesma de 3 ou 4 anos atrás, e não curto isso. Me vejo repetindo erros demais, não bem erros, acho difícil julgar essas paradas. Mas são coisas que irritam porque caem sempre na mesma coisa, pessoas que somem, pessoas que pegam raiva de mim, pessoas que eu simplesmente paro de sentir qualquer amizade.

A vida tá sempre seguindo em frente, tem amigo que parecia durar pra sempre que hoje nem falo mais, e eu sei bem que é isso que vai acontecer cada vez mais daqui pra frente. Porque sempre todo mundo tá enrolado, tem outros interesses, enfim, você vira 2a ou 3a opção e aí some. É bom pelo menos ter noção disso, mas não quer dizer que isso é legal.

Eu acho que me importo demais com umas coisas, apesar de não aparentar. Esse ano já começou na chinelada nesse aspecto, alguns amigos mostrando claramente que não se importam mais com nada e até outros que eu nunca achei que fosse falar de novo, acabei resolvendo brigas antigas. Não quer dizer que ninguém vai voltar a ser nada, as coisas duram um certo tempo e depois são prolongadas pelo medo de mudança e perda. Uma coisa que eu aprendi é que depois de 2 anos sem contato, meu cérebro supera qualquer coisa. Seja por esquecimento ou por cansaço.

Sei lá, cansei de achar culpados, me sinto mal já faz tempo demais pra achar que isso é culpa de alguém. O inimigo tá dentro da cabeça, satanás power. Vou me isolar um bocado esses próximos tempos, parar um pouco com loucura, porque é aquele momento gay de dar um tempo pra reavaliar onde diabos eu tô indo.

Vamos ver o que acontece, quem desencana e quem se mantém...