Eis que vai acontecer, em menos de 1 mês eu chego nos 30 anos.
É tão engraçado o quanto isso é estranho, primeiro porque eu não me sinto nada diferente de quando fiz, seilá, 22 anos. Aliás foi por volta dessa idade que comecei esse pobre e abandonado blog, que só me serve de refúgio pra quando não tenho vontade de compartilhar nada com ninguém, ou quando ninguém tá muito dando atenção pra nada que tenho a dizer... e aqui estou eu fazendo exatamente isso. Tadinho de mim, que peninha.
Achei que fosse ficar muito desesperado quando estivesse prestes a fazer esse aniversário das 3 décadas, porque sempre me pareceu algo tão distante, tipo, realmente distante, mesmo. Imaginei que teria algum tipo de sabedoria e tranquilidade já com essa idade hahahahahah, como a gente se ilude com isso. Desde criança é assim né? Parece que tudo vai magicamente se ajustando conforme você for envelhecendo. Que grande mentira, acho que você vai é se cansando de patifaria e geralmente já sabe melhor o que vai dar em merda e o que não. Geralmente, não é sempre... infelizmente.
Enfim, vou aniversariar essa trinca desgraçada e não sei bem o que pensar a respeito. Rolou um momento reflexão em que eu percebi que apesar de não aparentar muito, eu mudei bastante ao longo dos últimos anos, sim! Pra melhor em vários aspectos e pra pior em outros, obviamente, é sempre assim com todo mundo. Mas acho que a balança anda muito mais pro lado favorável. Oh! Uau! Estaria eu virando um otimista? Não é bem assim, mas vi que consegui melhorar algumas coisas internas e ir atrás de tantas outras coisas que quis fazer, estudar, comprar, curtir.
O que ainda muito me incomoda é que justamente nesse momento de retrospectiva eu percebo o quanto de gente foi se perdendo no caminho, amigos que nem falo mais, conhecidos que nem sei mais quem são, gente que até na minha casa já dormiu e hoje não reconheço. Além disso tem também o que eu gosto de chamar de "erros circulares", que são aqueles círculos viciosos de sempre. Não é só sobre garotas isso, é sobre amizades também. Hoje me vejo numa situação bastante desconfortável em relação a amigos que achei que eram parceiros mesmo. Parece que cada um foi pro seu lado e eu fiquei pra trás por justamente não ter mudado tanto quanto eles. Tem uma música que diz "Staying the same just makes everything change" e isso nunca fez tanto sentido quanto nos últimos meses. Me chateia e me preocupa ser esse tipo de adulto que não quer mudar tanto quanto vejo em volta.
A real é que é bom que as pessoas mudem em várias coisas, me sinto um total egoísta por querer que todos sejam como sempre foram, mas não consigo parar de sentir que muita coisa legal ficou pra trás e estou vivendo um marasmo meio chato que não imaginei, afinal não somos tão velhos. Porra, tem gente com 50 anos fazendo mais farra que muito amigo meu. Eu devo realmente estar ficando velho pra fazer uma comparação dessas. Mas ainda boto fé na tal esperança de renovação de amizades, seja por novas pessoas ou pelas mesmas de sempre, a vida é uma filha da puta que sempre pode surpreender.
Então vamos lá, 30 já foram, o que vier é lucro pra caralho.
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
terça-feira, 26 de agosto de 2014
The truth is that it hurts
You and I pace along the grass
And think of what we had
Ambivalent and young
We're probably just dumb
The truth is that it hurts
And what's it really worth?
No hope and no future
Holding a gun to my head
So send me an angel
Or bury me deeply instead
With demons to lean on
In the sky, it's never coming back
No hope and no future
We'll die the same loser
Holding a gun to my head
So send me an angel
Or bury me deeply instead
With demons to lean on
No, from it all
Not at all, at all, at all, at all
No, from it all
Not at all, at all, at all, at all, at all,
Holding a gun to my head
So send me an angel
Or bury me deeply instead
With demons to lean on
Holding a gun to my head
So send me an angel
Or bury me deeply instead
With demons to lean on
Holding a gun to my head
Holding a gun to my head
Holding a gun to my head
With demons to lean on
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
terça-feira, 22 de julho de 2014
terça-feira, 3 de junho de 2014
Goodbye
Yeah, I don't know why I feel so hollow
Something's about to end
I don't know what it is I should have said
Yeah, I disappear and I resurface you just dig far away
I give you something more than words can say
This is a wave, This is a wave
This is a wave, This is a wave
Yeah, I don't know why I feel so hollow
Something's about to end
I don't know what it is I should have said
Goodbye
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Filmes
Acabei não conseguindo ir no show do Placebo, mas o do Mudhoney até que compensou bastante, tocaram a música que mais gostei do último CD, pulei do palco (coisa que não fazia há uns 10 anos) e aproveitei pra esclarecer umas conversas com amigos. Foi um dia estranho, com todas as sensações possíveis misturadas.
Passei a manhã toda no velório da minha vó, pela primeira vez participei de uma cerimônia de cremação e chorei muito mais que imaginei que fosse chorar. A gente sempre se acha forte até as coisas realmente acontecerem. Mas também tiveram certas coisas legais, levei uma conversa muito bacana com meu vô e com minha outra vó, meus 2 avós maternos. Ficamos filosofando sobre o sentido da vida, foi bom. Fiquei devendo levar o "Waking Life" pra assistir com eles.
Aliás nesses tempos assisti muitos filmes, até porque tirei o último final de semana pra não sair de casa, também reduzi bastante o quanto saio durante a semana, tenho preferido me internar no quarto pra dar uma relaxada na cabeça e no corpo. Dá mais ou menos certo.
Vou listar os filmes que me lembro de ter assistido recentemente, junto de uma análise muito preguiçosa sobre eles, vamos lá:
Her
Nota: 10/10
Melhor filme que vi esse ano. Algumas frases ainda estão na cabeça. Se misturar o personagem principal com os personagens do Medianeras acho que sai 100% a minha pessoa.
Lost in Translation
Nota: 9/10
Daqueles filmes que sempre ouvi o pessoal comentar mas por algum motivo achava que fosse babaca. Eu estava muito errado. Ele foi meio responsável por eu ter feito uma coisa que nunca tinha feito antes, não que isso tenha sido bom. Filmes são filmes.
O Lobo de Wall Street
Nota: 9/10
Muito bom, muito bom, muito bom mesmo, pra cacete. Difícil demais fazer um filme de 3 horas que não fique cansativo. Só não dou nota 10 porque foi o pior uso de "Everlong" que já vi na vida.
Medianeras
Nota: 8/10
Meio drama, meio bonito, meio engraçado. Gostei dos personagens, me identifiquei mais do que queria. O final estragou tudo, pra variar. Qual o problema com finais tristes?
Dallas Buyer's Club
Nota: 8/10
Não fazia a menor ideia do que se tratava o filme, muito menos que seria uma história real sobre AIDS e treta com indústria farmacêutica. Atuações muito fodas, mereceu o Oscar.
I'm Now (Documentário - Mudhoney)
Nota: 8/10
Uma das minhas bandas favoritas, assisti na hora certa, semanas antes de ver pela terceira vez um show deles. A frase que abre o filme é a melhor dele inteiro e resume tudo que eu sempre pensei sobre tocar em qualquer banda.
A Vida Secreta de Walter Mitty
Nota: 7/10
Pensei que fosse pender bem mais pra comédia, mas é algo meio aventura com romance, tem uns toques de comédia que funcionam bem algumas vezes. No geral achei a mistureba toda bem bacana, pena que o final não fez muito sentido.
Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo
Nota: 7/10
Ideia muito boa mas que não se desenrola tão bem assim. O final pelo menos é semi-triste e por isso vale a pena. Ah, também serve pra lembrar que viramos todos uns animais quando a morte está chegando com data certa.
Gravidade
Nota: 7/10
Melhores efeitos que já vi num filme. Final poderia ter sido bem melhor se fosse triste. Eu gosto de final triste, ou sem fácil explicação, acho que dá pra perceber.
The Incredible Burt Wonderstone
Nota: 6/10
Comédia com um lance romântico desnecessário. Algumas cenas bem engraçadas mas a maioria é só risadinha de canto de boca. A ideia de nunca desistir dos seus sonhos já não me encanta tanto assim.
Last Vegas
Nota: 5/10
Começa bem, desenrola mal, tem pouca coisa engraçada e muita coisa totalmente sem graça. A parte mais legal é ver algumas cenas dos atores lidando com a questão do envelhecimento e como isso parece acontecer mesmo com eles na vida real.
Truque de Mestre
Nota: 4/10
Chato, forçado, sem graça.
Passei a manhã toda no velório da minha vó, pela primeira vez participei de uma cerimônia de cremação e chorei muito mais que imaginei que fosse chorar. A gente sempre se acha forte até as coisas realmente acontecerem. Mas também tiveram certas coisas legais, levei uma conversa muito bacana com meu vô e com minha outra vó, meus 2 avós maternos. Ficamos filosofando sobre o sentido da vida, foi bom. Fiquei devendo levar o "Waking Life" pra assistir com eles.
Aliás nesses tempos assisti muitos filmes, até porque tirei o último final de semana pra não sair de casa, também reduzi bastante o quanto saio durante a semana, tenho preferido me internar no quarto pra dar uma relaxada na cabeça e no corpo. Dá mais ou menos certo.
Vou listar os filmes que me lembro de ter assistido recentemente, junto de uma análise muito preguiçosa sobre eles, vamos lá:
Her
Nota: 10/10
Melhor filme que vi esse ano. Algumas frases ainda estão na cabeça. Se misturar o personagem principal com os personagens do Medianeras acho que sai 100% a minha pessoa.
Lost in Translation
Nota: 9/10
Daqueles filmes que sempre ouvi o pessoal comentar mas por algum motivo achava que fosse babaca. Eu estava muito errado. Ele foi meio responsável por eu ter feito uma coisa que nunca tinha feito antes, não que isso tenha sido bom. Filmes são filmes.
O Lobo de Wall Street
Nota: 9/10
Muito bom, muito bom, muito bom mesmo, pra cacete. Difícil demais fazer um filme de 3 horas que não fique cansativo. Só não dou nota 10 porque foi o pior uso de "Everlong" que já vi na vida.
Medianeras
Nota: 8/10
Meio drama, meio bonito, meio engraçado. Gostei dos personagens, me identifiquei mais do que queria. O final estragou tudo, pra variar. Qual o problema com finais tristes?
Dallas Buyer's Club
Nota: 8/10
Não fazia a menor ideia do que se tratava o filme, muito menos que seria uma história real sobre AIDS e treta com indústria farmacêutica. Atuações muito fodas, mereceu o Oscar.
I'm Now (Documentário - Mudhoney)
Nota: 8/10
Uma das minhas bandas favoritas, assisti na hora certa, semanas antes de ver pela terceira vez um show deles. A frase que abre o filme é a melhor dele inteiro e resume tudo que eu sempre pensei sobre tocar em qualquer banda.
A Vida Secreta de Walter Mitty
Nota: 7/10
Pensei que fosse pender bem mais pra comédia, mas é algo meio aventura com romance, tem uns toques de comédia que funcionam bem algumas vezes. No geral achei a mistureba toda bem bacana, pena que o final não fez muito sentido.
Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo
Nota: 7/10
Ideia muito boa mas que não se desenrola tão bem assim. O final pelo menos é semi-triste e por isso vale a pena. Ah, também serve pra lembrar que viramos todos uns animais quando a morte está chegando com data certa.
Gravidade
Nota: 7/10
Melhores efeitos que já vi num filme. Final poderia ter sido bem melhor se fosse triste. Eu gosto de final triste, ou sem fácil explicação, acho que dá pra perceber.
The Incredible Burt Wonderstone
Nota: 6/10
Comédia com um lance romântico desnecessário. Algumas cenas bem engraçadas mas a maioria é só risadinha de canto de boca. A ideia de nunca desistir dos seus sonhos já não me encanta tanto assim.
Last Vegas
Nota: 5/10
Começa bem, desenrola mal, tem pouca coisa engraçada e muita coisa totalmente sem graça. A parte mais legal é ver algumas cenas dos atores lidando com a questão do envelhecimento e como isso parece acontecer mesmo com eles na vida real.
Truque de Mestre
Nota: 4/10
Chato, forçado, sem graça.
quarta-feira, 9 de abril de 2014
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