quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Campo Grande - Parte 2


Dando sequência ao "senta que lá vem a história"...tá difícil essa semana, preguiça misturada com trabalho e decisões importantes = falta de tempo. Mas vamos lá:

-Sábado(05/09)
Depois da descoberta da janela mágica do banheiro, onde todo mundo usufruiu um pouco da loucura de jah menos eu que preferi ficar tentando relaxar ouvindo Weezer e esticando as pernas pra cima do banco, eis então que estávamos chegando ao destino final.

Esqueci de colocar um vídeo da gente mostrando algumas das coisas que vieram no KIT de sobrevivência que a Jéssica e Betty tinham dado, saca só:


Mais um pouco de estrada e chegamos na rodoviária de Campo Grande. Bem pequena, nem de longe lembra aquela zona que é a de SP, parecia mais o terminal de ônibus que tem em Carágua.

Desci do ônibus carregando todas as coisas, me despedi do mau cheiro pra sempre e logo encontrei o Ednan e Rose esperando pela gente. Quem tinha mantido contato o tempo todo com eles foi o Cani, então foi a primeira vez que falei com os dois. Nos despedimos dos "Tonighters", e agora me ocorreu que perdi uma piada infame, podia ter dito "See you tonight!" há-há-há...


Fomos até o carro do Ednan colocar as nossas coisas e de lá a idéia era seguir para a casa dele, deixar as bagagens e sair pra almoçar. Fomos conversando bastante sobre assuntos costumeiros de quando você chega em uma cidade tão diferente e longe da sua, coisas tipo: "Caralho, aqui não tem trânsito, vocês tem que ver lá" "Nossa, quanta área verde" "As minas aqui são gostosas hem?" etc,etc,etc. Passamos por uns pontos turísticos legais, umas estátuas de Tuiuius (me fodeu teclar isso, espero que você aproveite a leitura) gigantes, passamos por uma praça imensa onde o Papa João Paulo II tinha rezado uma missa e até levantaram uma estátua dele em homenagem.


No caminho fui reparando várias coisas, uma delas era que o tempo estava realmente quente, mas nada exagerado, achei o RJ mais quente quando fui em 2001. A outra é que a cidade era bem bonita, mistura de cidade grande com interior. Reparei que o sotaque do pessoal era quase nulo, nada demais, só algumas gírias mesmo. Também reparei que eu reparo demais.


Chegamos na casa do Ednan por volta das 13hrs e fomos colocando as nossas coisas num quarto que ele tinha separado pra gente. Logo conhecemos a mãe dele e ela apresentou o tal do Tereré, que é uma espécie de chimarrão, mas obviamente, gelado. Muito bom pra matar a sede naquele calor maroto, bebemos bastante.


De lá seguimos para um almoço na casa da Rose, antes passamos no mercado e abastecemos a cabeça de cerveja. A mãe da Rose tinha preparado um puta almoço com pratos típicos: Arroz Carreteiro, Purê de Mandioca, Rocambole de Frango...tudo bom demais. Comemos e depois ficamos lá conversando e bebendo uma cerveja local meio estranha com um pessoal bacana que tinha chegado por lá.

Passou um tempo e logo saímos da casa da Rose, passamos no aeroporto pra ver se rolava uma passagem barata de última hora, porque nossa idéia era volta de ônibus mesmo, mas como disseram que vira e mexe apareciam preços bons resolvemos conferir. E deu certo, achamos uma passagem que ficava bem pouco acima do valor do ônibus. Já garantimos nossa volta e daí fomos de volta para a casa do Ednan.

Demos uma relaxada até de tardezinha, aí saímos pra conhecer o centro da cidade. No caminho o Ednan ia parando toda hora o carro e chamando galera pro show, lembrando que ia rolar show domingo também e apresentando a gente, foi muito louco isso, ele conhece quase a cidade toda.

Fomos no ensaio das garotas do "Staminas", depois passamos no centro pra tentar descolar muambas baratas. Descobrimos que vendem camisetas da galeria do rock por 45 reais lá! Eu acabei comprando umas correntinhas que fazia tempo que tava atrás, hihi.


Foi nessa ida pro centro que conhecemos a tal da Manga Rosa. Acenderam, prenderam, puxaram e passaram pra mim. Eu pensei um pouco, porque estou sem fumar faz um tempinho já, mas acabei provando...afinal, chance única.


Caralho, bateu forte demais. 4 pegas, só isso, foi o necessário pra deixar todo mundo louquíssimo, até quem já estava acostumado com ela. Fiquei tão xarope da cabeça que quando desci no centro e estávamos indo conhecer uma feira de artesanatos e milhões de coisas eu acabei achando um pula-pula, fiquei instigadão pra ir e perguntei pro cara que estava lá trampando:

Eu: "Opaaa...como funciona pra ir nisso aí? É por peso ou idade?"
Pula-Pula Boy: "No máximo até 7 anos"
Eu: "Ahhh....err.....aah.....certo. É que...é que...minha priminha de 10 anos queria vir, que pena"


Lá na feira, que era realmente gigante e tinha de tudo, passamos em frente à uma barraca de pingas e bebidas diferentes. O legal é que podia provar tudo, então a gente pirou, ficou provando de tudo e acabou comprando garrafas de pinga de banana (SIM, e é foda!), licor de morango e pinga de canela. Compramos várias pra trazer de "lembrança" ahahahua.

Nessa hora começou um dilúvio, puta temporal fodido, nego correndo pra debaixo das lonas e a gente também. Ficamos uma meia-hora esperando a chuva passar, eu tava meio preocupado até, porque de lá íamos direto pro show. Acabou dando tudo certo e saímos do centro por volta das 23hrs, estávamos indo pro show quando...Ednan parou o carro e falou que a gente ia dar um pulo num barzinho onde uns amigos dele estavam tocando.

Tudo bem, o show era logo ali por perto mesmo, então fomos pro bar. Parecia bastante com os barzinhos mais caros aqui de SP, espaço pra banda tocar, mesinhas, tudo bonito e bem arrumado. A banda começou a tocar e o setlist era só de covers, era um trio com 2 caras sendo baterista e guitarrista, e uma garota no baixo. Os três revezavam vocais, e eram completamente profissionais. Foi legal.


Uma meia hora ali tomando caipirinha e a gente seguiu pro lugar do show. Chegamos no tal do Bar Fly. Acho que chegamos um pouco atrasados, já estava tudo lotado, e som da primeira banda (Jennifer Magnética) rolando. Os caras deram um último pega na manga rosa e em seguida entramos. O lugar era uma balada bem legal, com 2 pisos, no piso inferior era onde ficava a pista e aconteciam os shows, em cima era mais pra quem quisesse conversar e jogar sinuca.

Lembro que desci as escadas e já vi o tanto de gente que tinha curtindo o show dos caras. Acho que facilmente tinha entre 300 e 400 pessoas. Nessa hora eu comecei a ficar meio tenso, porque tínhamos sido encaixados de última hora nesse show, que era uma noite mais voltada para bandas alternativas e indie. Fiquei pensando se iam entender a proposta e se divertir...sabe, encanação pré show lotado fora de casa. Acontece.

2 comentários:

Tércio disse...

E laiá! Tá começando a ficar bom isso ae caceti!

Jennifer Dias disse...

me interessei por essa tal de manga rosa hahaha não existe por aqui, né? porque pra mim essas coisas só faz me deixar mais hippie que o normal. acho que já te falei isso =p

e qual é essa de que as garotas de lá são gostosas? as paulistas são as melhores, entende?

e eu tb reparo demais =)

beijão, até os próximos capítulos